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Racismo/EUA

Morre Linda Brown, ícone do fim da segregação racial nos EUA

O nome de Linda Brown, que morreu aos 76 anos nesta segunda-feira (26) sempre esteve associado à luta pelos direitos civis dos negros norte-americanos. Em 1951, essa pequena aluna negra pôs fim à segregação racial nas escolas dos Estados Unidos. A recusa de sua matrícula em uma escola pública só para brancos do Kansas foi levada à Suprema Corte do país, que deu razão à garotinha.

Linda Brown (à esquerda), em 1964.
Linda Brown (à esquerda), em 1964. AFP
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Eric de Salve, correspondente da RFI em São Francisco

Em 1951, numa época em que a maioria dos estados do Sul dos Estados Unidos ainda separavam crianças negras das brancas nas escolas, Olivier Brown pede para registrar sua filha de 9 anos, Linda, em uma escola pública de brancos em Topeka Kansas. O registro é negado. Razão: Linda é negra. Ela deverá se matricular em uma escola reservada para negros muito longe da casa da família.

O pai de Linda Brown decide levar o caso aos tribunais. Sua queixa coletiva é apoiada pela poderosa organização de defesa afro-americana, a National Advancement Association for the Advancement of Colored People (NAACP).

"Símbolo final da supremacia branca"

Após um longo processo, a Suprema Corte dos EUA, por unanimidade, descartou a segregação escolar da garotinha negra, contrária ao artigo 14 da Constituição, que garante a todos igual proteção perante a lei. Este é o famoso julgamento de Brown versus Board of Education, proferido em 17 de maio de 1954, uma data marcante para os direitos civis no país.

Linda Brown morreu nesta segunda-feira, 64 anos depois do ocorrido. A NAACP celebrou sua vida com as palavras, "Linda Brown é uma daquelas jovens heroicas que, com suas famílias, lutaram bravamente contra um dos últimos símbolos da supremacia branca. Ela permanecerá como um exemplo, o das crianças comuns que ajudaram a transformar este país”.

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