Acessar o conteúdo principal
EUA/Ataques

“Doentes”: Trump reage à série de ataques com explosivos no sul dos EUA

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, lamentou nesta terça-feira (20) a série de ataques com explosivos no Texas, no sul do país, e disse que seu autor "está muito, muito doente", horas depois de uma quinta explosão e da descoberta de uma sexta bomba.

Caminhão da FedEx parado na cena do ataque em Schertz, no Texas, em 20 de março de 2018.
Caminhão da FedEx parado na cena do ataque em Schertz, no Texas, em 20 de março de 2018. REUTERS/Sergio Flores
Publicidade

Depois de um recente ataque no domingo (18), um quinto pacote explodiu na madrugada desta terça (20) em um centro de distribuição da FedEx, segundo a imprensa local. Desta vez, a explosão sacudiu a unidade, que fica em Schertz, no subúrbio de San Antonio. Em uma declaração postada nas redes sociais, o Departamento de Polícia de Schertz disse que uma pessoa ficou ferida e recebeu atendimento médico no local.

Trump falou pela primeira vez publicamente sobre a onda de explosões iniciada há 19 dias e que já deixou dois mortos e cinco feridos. "Os ataques com bomba em Austin são terríveis. As forças de ordem locais, estaduais e federais trabalham lado a lado para chegar ao fundo do assunto", declarou o presidente. "Obviamente se trata de um indivíduo muito, muito doente, ou talvez indivíduos. São pessoas doentes".

Um segundo pacote, que não detonou, foi encontrado na mesma instalação da FedEx em Schertz. "Claramente, estamos lidando com o que, por agora, acreditamos que seja um agressor em série", disse em entrevista coletiva o chefe de Polícia de Austin, Brian Manley, na segunda-feira (19) à noite, hora local.

A primeira bomba explodiu em uma sexta-feira, 2 de março, e as outras duas, na última segunda, dia 12. Os artefatos explosivos foram fabricados com componentes disponíveis em lojas de ferragens. O motivo dos ataques ainda não foi estabelecido.

Terrorismo?

"Isso é terrorismo? Está ligado a (crimes de) ódio?", questionou Manley. "Como dissemos desde o início, não estávamos dispostos a classificar isso como terrorismo, como (crimes de) ódio, porque simplesmente não sabemos o suficiente", admitiu.

Dois homens negros de 39 e 17 anos morreram durante a explosão de pacotes-bomba que foram deixados na porta de suas casas. Uma senhora de 75 anos, de origem hispânica, ficou ferida na terceira deflagração. A partir daí levantou-se a hipótese de que os crimes tivessem motivação racial.

Já o ataque de domingo feriu dois homens brancos de 22 e 23 anos, enquanto caminhavam em um bairro residencial do sudoeste de Austin. Segundo a Polícia, a explosão de domingo parece ter sido "aleatória" e ativada por um detonador, uma diferença "significativa" em relação aos três ataques anteriores, nos quais as bombas chegaram pelos Correios.

É "muito possível" que tenha sido "ativado por alguém que manipulou, bateu, ou entrou em contato com um detonador que ativou o dispositivo", disse Manley. "Definitivamente, vemos uma mudança no método", acrescentou, destacando que isso mostra um agressor com "um maior nível de sofisticação, um maior nível de habilidade" do que se acreditava inicialmente.

(Com informações da AFP)

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe todas as notícias internacionais baixando o aplicativo da RFI

Compartilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual você tenta acessar não existe ou não está mais disponível.