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Júri de Nova York declara Marin culpado por corrupção no Fifagate

O ex-presidente da CBF, José Maria Marín, e o ex-presidente da Conmebol, o paraguaio Juan Angel Napout, foram considerados culpados por associação para delinquir, fraude bancária e lavagem de dinheiro, nesta sexta-feira (22), durante julgamento do escândalo de corrupção que sacudiu a Fifa, o Fifagate.

O ex-presidente da CBF, José Maria Marin(ao centro), chega ao tribunal de Nova York em 22 de dezembro de 2017.
O ex-presidente da CBF, José Maria Marin(ao centro), chega ao tribunal de Nova York em 22 de dezembro de 2017. EUTERS/Stephen Yang
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Marín, que comandou o futebol brasileiro entre março de 2012 e maio de 2015, foi declarado culpado em seis dos sete delitos dos quais era acusado, por aceitar subornos em troca de contratos de transmissão e marketing em jogos da Libertadores e da Copa América.Por outro lado, o júri absolveu o brasileiro da acusação de conspiração de fraude bancária ligada à Copa do Brasil.

Napout, por outro lado, foi declarado culpado em três das cinco acusações: associação para delinquir e duas acusações de fraude bancária relacionadas à Copa América e à Libertadores.

Após sete semanas no tribunal e seis dias de deliberações, o júri de Nova York não tirou conclusões sobre se o terceiro acusado, o ex-presidente da Federação Peruana, Manuel Burga, é culpado ou não da acusação de associação para delinquir.

Os três acusados são os únicos de um total de 42 que insistiam em atestar inocência, após extradição aos Estados Unidos onde estão em prisão domiciliar.

O valor dos subornos

Segundo a procuradoria, Napout, Marin e Burga entraram em acordo para receberem, respectivamente, 10,5 milhões, 6,55 milhões e 4,4 milhões de dólares em subornos de empresas esportivas, entre 2010 e 2016. Presentes no tribunal, os acusados escutaram o veredito de maneira séria e sem demonstrar reações. Os filhos de Napout e sua esposa, visivelmente nervosos, eram os únicos familiares dos acusados no tribunal.

A juíza Pamela Chen, responsável do caso Fifa, vai decidir a sentença dos condenados. No entanto, a magistrada já adiantou que os culpados seriam presos imediatamente até a sentença final. "Não acho que tenha sentido adiar uma prisão que vai acontecer", disse a juíza, indicando a gravidade dos delitos.

A defesa de Marín pediu recurso por conta da avançada idade de 85 anos e seus problemas de saúde. O brasileiro toma medicamentos para depressão e hipertensão. No entanto, Chen decidiu que a prisão fosse imediata.

"Nós estamos desapontados, claro e vamos continuar a luta pela justiça, apelando até que haja uma decisão final. Estamos insatisfeitos e desapontados", indicou Julio Barbosa, advogado de Marin. "Os acusados encaram sentenças potencialmente muito significativas", que podem chegar a pelo menos 10 anos segundo as normas federais, indicou Chen.

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