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Peru/impeachement

Peru: Congresso analisa pedido de Impeachment de Kuczynski

O presidente peruano, Pedro Pablo, disse nesta quarta-feira (20) que o pedido de impeachment contra ele por seu envolvimento com a Odebrecht é um golpe de Estado. Ele garantiu que defenderá sua "capacidade moral" no Congresso, que analisará o pedido nesta quinta-feira (21).

O presidente peruano Pedro Pablo Kucynski
O presidente peruano Pedro Pablo Kucynski (Foto: Reuters)
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Em uma breve mensagem transmitida em rede nacional, ao lado dos vice-presidentes Martín Vizcarra e Mercedes Aráoz, Kuczynski disse que está “diante de um golpe sob o disfarce de interpretações legais supostamente legítimas”. Ele pediu desculpas ao povo peruano por ter sido “pouco atento” na administração de seus negócios.

"O descuido é um defeito, mas nunca foi e jamais será para mim ferramenta de desonestidade e muito menos de crime", afirmou o presidente, que denunciou "a atitude agressiva da maioria opositora que controla o Congresso", em referência ao partido de Keiko Fujimori. O presidente será ouvido por volta das 17h no horário de Brasília. O Congresso dominado pela oposição est decidido a destituí-lo.

Kuczynski entrou nesta quarta em um tribunal constitucional de Lima com um recurso no qual destaca que "em nenhum momento foi convocado para prestar depoimento na comissão da Lava Jato do Congresso sobre a informação que o vinculava à Odebrecht".

Segundo o presidente, a comissão parlamentar "ignorou sua disposição de esclarecer" o caso e "motivou o Parlamento a debater a destituição presidencial por incapacidade moral permanente sem qualquer prova determinante", proposta que o Congresso "admitiu autoritariamente".

Missão da OEA

Kuczynski corre o risco de virar o primeiro presidente a perder seu posto por causa da Odebrecht, que admitiu ter pagado milhões de dólares em propinas em vários países latinos-americanos para obter importantes contratos de obras públicas. A OEA enviará uma missão a Lima para observar o processo de impeachment. O grupo será integrado por Jean Michel Arrighi, secretário de Assuntos Jurídicos da organização, e por Gustavo Cinosi, assessor sênior do secretário-geral, Luis Almagro.

O primeiro-vice-presidente peruano, Martín Vizcarra, que assumiria o governo caso destituam o presidente, chegou ao Peru e afirmou sua lealdade ao presidente. “O presidente me pediu que retorne hoje e aqui estou, a seu lado. Primeiro para escutá-lo e para que esclareçam todas as dúvidas", disse à imprensa Vizcarra, que também é embaixador peruano no Canadá.

(Com informações da RFI)

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