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EUA/ONU

Embaixadora dos EUA se irrita na ONU em voto contra Jerusalém capital de Israel

A embaixadora americana nas Nações Unidas, Nikki Haley, usou um tom agressivo para vetar um projeto de resolução proposto pelo Egito, apresentado nesta segunda-feira (18) ao Conselho de Segurança da ONU, que rejeita a decisão de Trump de reconhecer Jerusalém como capital de Israel.

O Conselho de Segurança das Nações Unidas reunidos, na sede da U.N. em Nova York, sobre a situação no Oriente Médio, 18 de dezembro de 2017.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas reunidos, na sede da U.N. em Nova York, sobre a situação no Oriente Médio, 18 de dezembro de 2017. REUTERS/Brendan McDermid
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"Nenhum país dirá aos Estados Unidos onde podemos colocar nossa embaixada", disse Haley após vetar a resolução. "O que presenciamos no Conselho de Segurança é um insulto. Não esqueceremos disso", afirmou Haley ao descrever a medida que contou com a aprovação do resto dos membros como "mais um exemplo de que as Nações Unidas fazem mais mal do que bem ao lidar com o conflito israelense-palestino".

Os Estados Unidos vetaram nesta segunda-feira (18) um projeto de resolução da ONU que rejeitava a decisão de Donald Trump de reconhecer Jerusalém como capital de Israel, e que contou com o apoio dos demais membros do Conselho de Segurança.

O veto revela o isolamento de Washington após o anúncio de Trump de mudar a embaixada dos Estados Unidos de Tel Aviv para Jerusalém, ignorando as reivindicações palestinas sobre a Cidade Santa.

O texto apresentado pelo Egito assinala que o status da cidade "tem que ser resolvido pela negociação" entre Israel e os palestinos, e destaca as "profundas preocupações com as recentes decisões sobre Jerusalém", sem mencionar explicitamente a ação de Trump Aliados dos Estados Unidos que integram o Conselho de Segurança, entre eles Reino Unido, França, Itália, Japão e Ucrânia, votaram a favor da medida ao considerar que qualquer decisão sobre o status de Jerusalém "não tem força legal, é nula, carece de validade e deve ser revogada".

"Veto inaceitável"

Tomada em 6 de dezembro, a decisão de Trump de reconhecer Jerusalém como capital de Israel foi reprovada quase de forma unânime pela comunidade internacional. O premiê israelense, Benjamin Netanyahu, agradeceu os Estados Unidos, enquanto a Autoridade Palestina qualificou de "inaceitável" o veto americano.

"Lamentavelmente, um estado decidiu se lançar contra todo o mundo em relação a este assunto de longa data", disse o embaixador palestino Riyad Mansur ao Conselho. "Os Estados Unidos escolheram não respeitar o direito internacional e ignorar o consenso internacional."

O movimento Fatah, do presidente palestino, convocou manifestações dentro e ao redor de Jerusalém na quarta-feira contra a visita do vice-presidente americano, Mike Pence, à cidade. O vice-presidente americano, Mike Pence, que deveria visitar na quarta-feira a Cidade Santa no contexto de uma viagem que também incluía uma escala no Egito, adiou sua ida para janeiro.

Em 29 de novembro de 2012, a Palestina se tornou um "Estado observador, não membro" da ONU, durante uma votação histórica na Assembleia Geral. Israel tomou o controle da parte oriental de Jerusalém durante a Guerra dos Seis Dias, em 1967, e vê toda a cidade como sua capital, enquanto os palestinos querem o leste como a capital de um futuro Estado. Várias resoluções da ONU exortaram Israel a se retirar do território tomado durante a guerra e reafirmam a necessidade de acabar com a ocupação dessas terras.

(Com informações da AFP)

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