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Chile/Presidencial

Divididos, chilenos votam para escolher novo presidente

Chilenos vão às urnas neste domingo (17) para escolher o novo presidente do país. O resultado da votação neste segundo turno é incerto. As pesquisas apontam empate técnico entre o socialista Alejandro Guillier, candidato governista, e o ex-presidente conservador Sebastian Piñera.

Alejandro Guillier e Sebastian Piñera disputam o segundo turno da eleição presidencial no Chile, neste domingo 17 de dezembro de 2017.
Alejandro Guillier e Sebastian Piñera disputam o segundo turno da eleição presidencial no Chile, neste domingo 17 de dezembro de 2017. REUTERS/Ivan Alvarado
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Cerca de 13,4 milhões de eleitores estão habilitados a votar. As sessões eleitorais abrem às 8 horas da manhã, pelo horário local, e fecham às 18 horas. O resultado com o nome do sucessor da socialista Michelle Bachelet deve ser divulgado ainda na noite deste domingo.

Para o diretor do Centro de Análise da Universidade de Taca, Mauricio Morales, este segundo turno é “o mais incerto desde o retorno da democracia” no Chile. O número de eleitores indecisos é grande e a taxa de participação “será determinante”, acredita Rodrigo Osorio, professor de ciências políticas da Universidade de Santiago. A margem de vitória entre os dois candidatos será pequena, em torno de 100 mil votos, calcula o analista René Jara.

Dispersão de votos

Apenas 46,7% dos eleitores participaram do primeiro turno, em 19 de novembro, e a dispersão dos votos surpreendeu. O ex-presidente Piñera, que governou o Chile de 2010 a 2014, conseguiu 36,6% dos votos, um resultado muito abaixo do esperado. O senador e jornalista Guillier ficou em segundo, com 22%, e em terceiro a candidata da esquerda radical, Beatriz Sánchez, com 20%.

O resultado deste segundo turno dependerá, sobretudo, do voto dos eleitores da Frente Ampla, o partido de Sánchez. Ela anunciou que vai votar em Guillier, mas não impôs a escolha a seus partidários. Juntas as forças centro-esquerda obtiveram 55% dos votos no primeiro turno, índice que indica chances de derrota para o ex-favorito Piñera.

Apoios

O candidato conservador prometeu na quinta-feira (14), em seu último comício, ser o governante da "unidade". Ele afirmou ainda que os chilenos querem "mudanças profundas, baseadas no diálogo e não no confronto". O ex-presidente, que encerrou a campanha em um teatro no centro de Santiago, diante de cerca de 3 mil pessoas, recebeu o apoio de vários ex-mandatários, como o espanhol José María Aznar, os colombianos Andrés Pastrana e Álvaro Uribe, e o mexicano Felipe Calderón.

Alejandro Guillier encerrou sua campanha com um comício em Santiago, ao lado do ex-presidente uruguaio Pepe Mujica. Com o Palácio de la Moneda como pano de fundo, Guillier discursou para cerca de 5 mil pessoas.

O vencedor sucederá a socialista Michelle Bachelet a partir de 11 de março de 2018. Mas independentemente de seu nome e partido político, o novo presidente não terá maioria no Congresso e terá que fazer alianças para governar.

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