Mais da metade das crianças nos EUA serão adultos obesos, segundo estudo
Mais de 57% das crianças que vivem nos Estados Unidos correm o risco de se tornarem obesas quando tiverem 35 anos se for mantida a tendência atual, adverte um estudo do The New England Journal of Medicine.
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A pesquisa, divulgada na quarta-feira (29), também assinala que os menores de idade com um peso normal têm 50% de chance de serem adultos obesos.
"Os resultados destacam a importância dos esforços de prevenção em todas as crianças (...) e de intervir de forma precoce nas crianças que já estão obesas para minimizar os riscos de doenças graves no futuro", explica Zachary Ward, autor principal do estudo e pesquisador da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de Harvard.
O sobrepeso e a obesidade estão vinculados a um alto risco de diabetes, doenças cardiovasculares e várias formas de câncer, acrescenta. Os cientistas se basearam para o seu estudo no tamanho e peso de 41.567 crianças e adultos.
Obesidade infantil é difícil de ser corrigida
A partir dessas estatísticas, fizeram projeções sobre a evolução de ambas as medidas de amostras representantes da população americana até os 35 anos. "Os resultados mostram que a obesidade será um problema sério para a maioria das crianças que crescerem nos Estados Unidos", conclui o estudo.
O excesso de peso durante a infância é difícil de corrigir no futuro, assinala. As investigações demonstram que 75% dos menores de dois anos que têm sobrepeso continuarão sofrendo desta condição aos 35 anos.
Os riscos são ainda mais graves para as crianças que têm obesidade severa - atualmente afeta 4,5 milhões nos Estados Unidos - quando chegam à idade adulta. Nesse grupo, as crianças de dois anos têm mais de 80% de chances de serem obesas com 35 anos. Aos cinco anos, a taxa cai para 10%.
Mas as crianças com peso normal também correm o risco de ter obesidade quando adultos, de acordo com o estudo. Entre os jovens de dois a 19 anos em 2016, mais da metade era suscetível de sofrer de obesidade aos 35 anos.
O estudo projeta, por sua vez, que negros e hispânicos têm mais chances do que os brancos de serem obesos entre os dois e 35 anos, dando destaque ao fator da raça e etnia.
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