Apresentador de TV lidera apuração nas presidenciais de Honduras
Segundo os resultados parciais, o candidato da oposição Salvador Nasralla já dispõe de uma vantagem irreversível sobre o atual presidente Juan Orlando Hernandez.
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Depois da apuração de 70% dos votos, Salvador Nasralla, um apresentador de TV de 64 anos, detém cinco pontos percentuais sobre o seu rival na apuração dos votos das eleições presidenciais deste domingo (26) em Honduras.
O atual presidente Juan Orlando Hernandez, de 49 anos, já havia declarado a sua vitória, baseando-se nas pesquisas de boca de urna, contestadas pela oposição.
Agora, quando mais da metade das urnas já foram contabilizadas, Nasralla, que dirige o grupo Aliança da Oposição contra a Ditadura, abriu larga vantagem com 45% dos votos apurados, enquanto Hernandez do Partido Nacional tem apenas 40%, numa eleição que não demanda maioria absoluta.
O ex-favorito
Juan Orlando Hernandez, grande aliado dos Estados Unidos na luta contra o tráfico de drogas e a migração ilegal, começou a campanha eleitoral como o candidato favorito.
Ele reivindicava um balanço positivo no campo da economia e da segurança pública. O seu governo teria conseguido diminuir os índices de criminalidade e o déficit público, além de acelerar o crescimento econômico.
Segundo mandato só para alguns
O presidente só pôde se candidatar a um segundo mandato graças a uma decisão da Corte Suprema que, em 2015, suspendeu a proibição de dois mandatos consecutivos estabelecida pela Constituição.
A decisão foi criticada pela oposição, sobretudo porque Juan Orlando Hernandez havia apoiado o golpe militar de 2009, quando o então presidente José Manuel Zelaya foi derrubado por tentar organizar um referendo para a aprovação do segundo mandato presidencial.
Presidente surpresa
A chegada ao poder de Salvador Nasralla será, do ponto de vista de Washingotn, tradicional aliado deste pequeno país centro-americano, um salto no escuro.
Nasralla se apresenta como um centrista “que utiliza o que há de melhor na ideologia socialista”. Diz-se favorável às iniciativas privadas e à luta contra a migração clandestina para os Estados Unidos.
“Nós teremos boas relações com os Estados Unidos e com os outros países”, garantiu Nasralla antes da eleição.
(Com agência AFP)
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