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Estados Unidos/ terrorismo

Trump quer pena de morte para terrorista de Nova York

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deseja que o autor do atentado cometido em Manhatan nesta terça-feira (31) seja condenado à pena de morte. O ataque, cometido com uma caminhonete, matou oito pessoas. Em uma mensagem publicada no Twitter, o líder americano escreveu em letras maiúsculas que o terrorista deveria sofrer a pena capital.

O secretário de Estado Rex Tillerson (esq.) ao lado do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante uma reunião de gabinete na Casa Branca em Washington, EUA, 1 de novembro de 2017.
O secretário de Estado Rex Tillerson (esq.) ao lado do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante uma reunião de gabinete na Casa Branca em Washington, EUA, 1 de novembro de 2017. REUTERS/Kevin Lamarque
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“O terrorista de NYC estava satisfeito e pediu que a bandeira do EI [grupo Estado Islâmico] fosse estendida no seu quarto no hospital. Ele matou 8 pessoas e feriu 12 gravemente. ELE DEVERIA SER CONDENADO À MORTE!”, comentou Trump na rede social.

O presidente já havia evocado a possibilidade de enviar o criminoso Sayfullo Saipov a Guantanamo, base americana em Cuba que abriga uma penitenciária onde são mantidos acusados de terrorismo.

O autor é um uzbeque de 29 anos, que mora nos Estados Unidos desde 2010. A polícia afirma que ele planejou o crime durante meses e cometeu o ataque em nome do grupo extremista Estado Islâmico (EI).

O homem lançou uma caminhonete alugada contra pedestres e ciclistas na terça-feira (31), por volta das 15h locais, no moderno e chique bairro de Tribeca. Trata-se do atentado mais mortal cometido em Nova York desde que a rede Al-Qaeda derrubou as Torres Gêmeas, em 11 de setembro de 2001.

Ataque no Halloween, para um “máximo de vítimas”

Enquanto crianças e seus pais celebravam o Halloween, Saipov saiu da caminhonete segurando armas falsas e gritou "Allah Akbar" (Alá é grande), antes de ser baleado no estômago por um agente e ser detido. A procuradoria federal de Nova York, que denunciará Saipov por apoio material e de recursos à organização estrangeira terrorista e por violência e destruição com veículo, colheu o depoimento do autor do atentado no hospital.

Inspirado em vídeos difundidos pelo grupo Estado Islâmico (EI), Saipov reconheceu que planejou o atentado "há cerca de um ano", antes de decidir, há dois meses, que utilizaria uma grande caminhonete para "causar o máximo de vítimas". Ele revelou ter alugado o veículo no dia 22 de outubro, para treinar, e escolheu o dia do Halloween "para ter certeza de que haveria muita gente nas ruas".

O uzbeque reconheceu ainda ser o autor das notas em árabe que mencionam o EI e foram encontradas próximas à caminhonete utilizada no ataque, segundo a procuradoria. Saipov morava há sete anos nos Estados Unidos e residia legalmente em Paterson, Nova Jersey.

John Miller, vice-chefe do serviço de Inteligência e contraterrorismo da Polícia de Nova York, avaliou que ele parece ter seguido "ao pé da letra as instruções que o EI publicou nas redes sociais para que seus seguidores realizem ataques deste tipo".

Saipov nunca foi investigado pelo FBI - a Polícia Federal americana - nem pela Inteligência policial de Nova York, mas aparentemente se relacionava com pessoas investigadas pelas autoridades, explicou Miller. "Parece que tinha alguma conexão com indivíduos que eram alvo de investigação, embora ele não fosse", detalhou.

Nesta quarta-feira (1º), o FBI localizou um segundo suspeito, também uzbeque, relacionado ao atentado. Menos de uma hora após a divulgação de fotos de Mukhammadzoir Kadirov, 32 anos, o diretor de Informação do FBI, Bill Sweeney, disse que o suspeito havia sido encontrado.

Vítimas argentinas comemoravam 30 anos de formatura

Cinco das oito vítimas fatais são argentinos, parte de um grupo de 10 amigos que comemorava 30 anos da formatura na Escola Politécnica da cidade de Rosário. Outro deles está internado na Unidade de Terapia Intensiva e ainda não sabe o que aconteceu, disse o cônsul argentino Mateo Estremé a jornalistas.

Os amigos passeavam em pares de bicicleta quando "ouviram o barulho de uma caminhonete e não tiveram tempo de reagir, começaram a ser atropelados", contou Estremé. "Lembra uma cena dantesca, quase infernal, na qual os corpos estão no chão, o sangue está lá. Aconteceu um tiroteio com o motorista da caminhonete e, posteriormente, foram levados aos hospitais", acrescentou.

Uma belga também morreu. Do total de 12 feridos, nove seguem no hospital.

O chefe da Diplomacia americana, Rex Tillerson, falou por telefone nesta quarta-feira com o ministro argentino das Relações Exteriores, Jorge Faurie, e expressou condolências pelas vítimas do país.

Os atentados com veículos que são lançados contra pedestres ou ciclistas já foram utilizados por simpatizantes do EI no Ocidente, incluindo em Barcelona, Londres, Estocolmo e Nice, onde um caminhão conduzido por um tunisiano matou 86 pessoas em 14 de julho de 2016.

Informações da AFP

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