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Trump chama atirador de Las Vegas de “demente”

O presidente norte-americano Donald Trump afirmou nesta terça-feira (3) que Stephen Paddock, suspeito de ter cometido o pior atentado da história dos Estados Unidos, era um homem “demente” e “doente”. A declaração foi feita momentos antes do chefe de Estado embarcar para Porto Rico.

"Era um homem doente, demente, com muitos problemas", disse Trump aos jornalistas sobre Stephen Paddock, durante coletiva nesta terça-feira (3).
"Era um homem doente, demente, com muitos problemas", disse Trump aos jornalistas sobre Stephen Paddock, durante coletiva nesta terça-feira (3). REUTERS/Kevin Lamarque
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“Ele é um homem doente, um demente, cheio de problemas, aposto. Estamos observando este caso de perto, com muita seriedade”, disse Trump nesta terça-feira (3) sobre a personalidade de Stephen Craig Paddock, suspeito de ter cometido o massacre em Las Vegas que deixou pelo menos 59 mortos e mais de 500 feridos.

“Estamos lidando com um indivíduo muito, muito doente”, insistiu o presidente norte-americano, antes de embarcar no helicóptero Marine One em direção a Porto Rico, para ver de perto a devastação causada pelo furacão Irma.

Respondendo às questões lançadas pelos jornalistas antes do embarque, sobre uma possível lei de controle na aquisição de armas nos Estados Unidos, Trump desconversou: “Falaremos sobre leis de armas quando chegar a hora”. “Olhe, temos uma tragédia. O que aconteceu em Las Vegas foi, de muitas maneiras, um milagre. O departamento de polícia realizou um trabalho maravilhoso”, enfatizou Trump.

O presidente norte-americano não respondeu às perguntas que questionavam se a tragédia de Las Vegas havia sido um episódio de “terrorismo doméstico”, descartando a hipótese de uma participação do grupo Estado Islâmico no massacre. Este foi o segundo comentário de Donald Trump sobre o episódio, desde domingo (1°). Ele deve visitar Las Vegas nesta quarta-feira (4).

Stephen Paddock, 64 anos, morador da cidade de Mesquite, em Nevada, a 130 quilômetros de Los Angeles, descarregou na noite de domingo a munição de algumas das dezenas de metralhadoras automáticas e fuzis AR 15 sobre uma multidão estimada em 22 mil pessoas, reunidas para um show de música country. Ele se encontrava no 32° andar do hotel-cassino Mandala Bay.

Namorada será peça-chave nas investigações

A namorada de Stephan Paddock, Marilou Danley, que em um primeiro momento foi apontada como suspeita, logo foi descartada durante o processo, pois estava no Japão na noite de domingo. Mas ela pode ser uma peça-chave nas investigações, que vão avaliar se ele teria algum distúrbio emocional, apesar de não ter um papel direto no massacre.

O FBI também tentará esclarecer como uma pessoa de perfil tão comum pode ter planejado minuciosamente e sozinho um ataque com tanto armamento. Segundo a polícia, as circunstâncias do crime apontam que quem o fez tinha experiência – e muita – com armas.

A tragédia provocada pelo atirador solitário provocou reações imediatas na política dos Estados Unidos, com uma série de reivindicações imediatas sobre o controle de armas por parte de deputados e senadores democratas.

Veja o depoimento:

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