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Facebook revê política de publicidade contra discriminação de judeus

O Facebook informou nesta sexta-feira (15) que está revendo suas políticas de anúncios publicitários para evitar direcionamentos "discriminatórios", após uma reportagem indicar que anunciantes podem dirigir mensagens a categorias específicas de potenciais clientes como "pessoas que odeiam judeus".

O Facebook garantiu que as mensagens que representam "discursos de ódio" são proibidas na rede social
O Facebook garantiu que as mensagens que representam "discursos de ódio" são proibidas na rede social REUTERS/Dado Ruvic/Illustration/File Photo
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A maior rede social do mundo anunciou a mudança após o site de jornalismo investigativo Pro Publica revelar, na quinta-feira (14), que os filtros do Facebook possibilitavam direcionar a publicidade a segmentos específicos, inclusive antissemitas.

O gerente de produtos do Facebook, Rob Leathern, afirmou nesta sexta-feira (15) que a empresa mudou sua política de anúncios depois de ler a reportagem, garantindo que as mensagens que representam "discursos de ódio" são proibidas na rede social. "Nossos padrões comunitários proíbem estritamente atacar pessoas com base em suas características pessoais, inclusive religião, e proibimos os anunciantes de discriminarem pessoas com base nisso e outros atributos", disse Leathern.

"Como queimar judeus"

"Contudo, há momentos em que aparece em nossa plataforma conteúdo que infringe nossos padrões. Quando isso acontece, eliminamos os campos de segmentação associados. Sabemos que temos mais trabalho a ser feito, mas também estamos construindo novas barreiras de contenção em nosso produto e revisando processos para evitar que esses problemas se repitam no futuro", explicou.

A equipe da Pro Publica explicou que se registrou no sistema de anúncios automatizados do Facebook e descobriu "pessoas que odeiam judeus" como uma das categorias possíveis, com 2.274 membros atribuídos a ela. Eles foram registrados neste grupo após terem expressado seu interesse por temas como "Como queimar judeus", ou "História sobre por que os judeus destroem o mundo".

Os anúncios direcionados não se destinam a grupos tão pequenos. Assim, o sistema do Facebook sugeriu como alternativa a categoria "Segunda Emenda", como é conhecido o direito garantido na Constituição dos Estados Unidos ao porte de armas. A busca tinha relacionado os entusiastas das armas aos antissemitas.

O informe destacou que as categorias antissemitas foram criadas por algoritmos, e não pessoas, baseando-se em informações que os usuários do Facebook postam em seus perfis e outros dados. "Para ajudar a garantir que a focalização não seja usada com fins discriminatórios, estamos eliminando esses filtros até que tenhamos processos adequados para ajudar a prevenir esse problema", declarou a empresa em uma declaração.

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