Greve geral aumenta número de mortos na Venezuela
Duas pessoas morreram e mais de 300 foram detidas na greve geral realizada pela oposição do governo de Nicolás Maduro nesta quinta-feira (20) em diversas cidades venezuelanas. Os dados foram publicados no Twitter pelo diretor da associação não-governamental Fórum Penal, Alfredo Romero.
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Elianah Jorge, correspondente da RFI em Caracas
Desde o começo dos protestos em abril deste ano mais de 100 civis foram mortos e dezenas ficaram feridos.
A greve geral, que durou 24 horas e contou com a participação de milhares de pessoas, faz parte da segunda etapa das manifestações contra o atual governo da Venezuela.
De acordo com o Conselho Nacional de Comércio e Serviços, 85% dos estabelecimentos deixaram de funcionar em todo o país, em boa parte porque os empresários aderiram aos protestos.
Reação de Maduro
No último domingo, os venezuelanos votaram em massa no plebiscito contra a proposta de Assembleia Constituinte de Nicolás Maduro, uma de suas decisões mais polêmicas até então.
Vários países já se pronunciaram contra a proposição do presidente, que pode alterar a Constituição estabelecida por Hugo Chávez em 1999.
Apesar da grande mobilização e das duras críticas, Maduro segue firme em suas posições.
O presidente afirmou que a greve geral “foi um fracasso” e ameaçou mandar à prisão o organizador da paralisação. A tensão no país não está perto de acabar.
O parlamento vai nomear nesta sexta-feira (21) os novos juízes do Tribunal Supremo de Justiça sob a alegação de que os atuais foram impostos arbitrariamente pelo governo. O Poder Judicial já informou que vai prender os indicados para os cargos com a acusação de que houve usurpação de função.
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