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EUA/Coreia do Norte

EUA vão propor resolução contra Coreia do Norte na ONU e não descartam ação militar

Os Estados Unidos, com o apoio da França, vão propor novas sanções contra a Coreia do Norte depois do lançamento de um míssil intercontinental com capacidade para atingir o território americano. O assunto, que enfrenta a oposição da Rússia e da China, foi discutido em uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU nesta quarta-feira (5).

Os Estados Unidos devem apresentar uma nova resolução no Conselho de Segurança da ONU
Os Estados Unidos devem apresentar uma nova resolução no Conselho de Segurança da ONU Reuters
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Segundo Nikki Haley, embaixadora americana na ONU, os Estados Unidos apresentarão uma resolução “proporcional às ações da Coreia do Norte”. O teste com o míssil ICBM, que poderia atingir o Alaska, constitui uma “escalada militar evidente” da Coreia do Norte, disse. De acordo com a embaixadora, os Estados Unidos estão dispostos a usar todos os meios, inclusive militares, para se defender. Haley ressaltou, entretanto, que “preferiria não ser obrigada a seguir nessa direção”.

A representante americana na ONU ainda declarou que as sanções poderiam atingir países que mantêm negócios com a Coreia do Norte, em referência velada aos chineses. As trocas comerciais entre os dois países aumentaram pelo menos 40% no último trimestre segundo o presidente americano.

Na terça-feira (4), o líder norte-coreano, Kim Jong Un, declarou que o lançamento era um presente para “os bastardos americanos” no dia da festa que comemora a Independência dos EUA. A Rússia, que tem um poder de veto, afirmou que vai se opor à adoção de novas medidas contra os norte-coreanos e a uma eventual ação militar. “Qualquer tentativa de justificar uma solução militar é inadmissível”, declarou o embaixador adjunto da Rússia na ONU, Vladimir Safronkov.

China e Rússia sugerem “dupla moratória”

Nesta quinta-feira (6), a China pediu que “discursos e atos que pudessem agravar a tensão na península coreana fossem evitados”. O ministro das Relações Exteriores chinês, Geng Shuang, reiterou que o país condena o lançamento do míssil intercontinental, mas a manutenção da paz na região “atende aos interesses comuns de todas as partes envolvidas”.

Em visita à Moscou nesta terça-feira, o presidente Xi Jinping sugeriu uma “moratória dupla”, pedindo que a Coreia do Norte interrompa seu programa militar e a Coreia do Sul e os EUA renunciem às manobras militares conjuntas. Pyongyang, que já realizou cinco testes nucleares e tem um pequeno arsenal de bombas atômicas, diz que seu novo míssil pode transportar "uma grande ogiva nuclear".

Em resposta ao míssil balístico intercontinental testado na véspera por Pyongyang, Washington e Coreia do Sul dispararam ontem mísseis que simularam um ataque contra o governo norte-coreano.

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