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Racismo

Absolvição de policial que matou motorista negro gera protestos nos EUA

A polícia norte-americana prendeu, na manhã deste sábado (17), vários manifestantes após um protesto nas ruas de St. Paul, no estado de Minessota. Os moradores contestavam a absolvição de um policial que matou um motorista negro em 2016.

Manifestantes nas ruas de St. Paul após anúncio da absolvição do policial Jeronimo Yanez.
Manifestantes nas ruas de St. Paul após anúncio da absolvição do policial Jeronimo Yanez. REUTERS/Eric Miller
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Pelo menos 18 pessoas foram detidas. As autoridades da capital do estado se preparam para novas manifestações neste fim de semana.

O protesto começou nesta sexta-feira (16) quanto o júri de Minnesota anunciou que iria absolver Jeronimo Yanez. O policial de 29 anos, de origem latina, foi declarado inocente das acusações de assassinato em segundo grau e uso de arma letal.

O episódio ocorreu em julho de 2016, quando o motorista Philando Castile, 32 anos, foi abatido pelo policial diante de sua namorada, Diamond Reynolds, e sua filha de quatro anos. As duas estavam no carro quando Yanez atirou no motorista.

O assassinato foi parcialmente filmado por Reynolds, que postou o vídeo no Facebook. As imagens mostrando a agonia de Castile no banco do carro desataram uma onda de protestos nos Estados Unidos e trouxeram à tona novamente a tensão entre a polícia e os afro-americanos no país.

O policial afirmou durante a investigação que Castile teria feito um gesto suspeito e que como a mão do motorista não estava visível, ele disparou, temendo por sua segurança. O procurador alegou que um “medo irracional” não poderia “justificar o uso da força letal”. Mas os jurados não foram convencidos pelos argumentos.

O júri deliberou durante cerca de 30 horas antes de chegar a uma decisão, e pediu ao juiz para reexaminar o vídeo no Facebook, assim como a gravação do carro da polícia. A família de Castile contestou a decisão do júri. "Estou furiosa", disse Valerie, mãe da vítima. "O sistema segue falhando com os negros".

Os seis policiais acusados em 2015 do assassinato do negro Freddie Gray, que morreu após sofrer lesão na coluna vertebral quando era detido e jogado na parte traseira de um furgão da polícia, também foram absolvidos.

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