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Clima

Trump mantém suspense sobre sua posição quanto ao acordo do clima

O presidente norte-americano, Donald Trump, prometeu nesta quarta-feira (31) anunciar "nos próximos dias" sua posição quanto ao acordo de Paris sobre o clima. A declaração do chefe da Casa Branca é feita em meio aos rumores sobre a possível retirada dos Estados Unidos do compromisso global para controle do aquecimento do planeta.

Trump prometeu durante a campanha "anular" o acordo do clima, mas prefere manter o suspense sobre sua decisão final.
Trump prometeu durante a campanha "anular" o acordo do clima, mas prefere manter o suspense sobre sua decisão final. REUTERS/Jonathan Ernst/File Photo
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Enquanto boa parte dos líderes mundiais espera para conhecer a posição de Trump sobre o acordo do clima, o presidente americano decidiu manter o suspense. "Anunciarei minha decisão sobre o acordo de Paris nos próximos dias. TORNAR A AMÉRICA GRANDE DE NOVO!", declarou o republicano em sua conta oficial no Twitter.

Concluído no final de 2015 na capital francesa por mais de 190 países, o acordo de Paris visa limitar o aumento da temperatura mundial por meio da redução das emissões de gases que provocam o efeito estufa. Mas vários veículos de comunicação informaram que Trump teria decidido retirar os Estados Unidos do acordo. Durante a campanha presidencial, o então candidato também insistiu em acabar com a "guerra contra o carvão" e prometeu "anular" o acordo.

A saída dos norte-americanos do compromisso seria um revés para a "diplomacia do clima", que, há menos de 18 meses, comemorava um acordo histórico, com Pequim e Washington (sob a presidência Obama) entre os arquitetos do projeto.

Administração de Trump está dividida sobre questão climática

Mas desde que tomou posse, em 20 de janeiro, Trump enviou sinais divergentes, reflexo das correntes conflitantes que permeiam sua administração sobre a questão climática e outros assuntos. O chefe da Agência de Proteção Ambiental (EPA), Scott Pruitt, havia defendido abertamente a saída do acordo, considerando-o "ruim" para a América.

Já o mundo dos negócios defendeu, em sua maioria, a permanência no acordo de Paris. Vários grandes grupos, incluindo a petrolífera ExxonMobil, a gigante agroquímica DuPont ou ainda Google, Intel e Microsoft, estimularam Donald Trump a não sair do acordo.

O objetivo dos Estados Unidos definido pela administração Obama é uma redução de 26% a 28% das suas emissões de gases de efeito estufa até 2025 em relação a 2005. Ao contrário do Protocolo de Kyoto (1997), o acordo concluído em Paris não é vinculante e os compromissos nacionais são voluntários.

(Com informações da AFP)

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