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Venezuela

Jovem de 15 anos morre e eleva a 43 número de vítimas fatais em protestos na Venezuela

Um adolescente de 15 anos morreu nesta quarta-feira (17) no conturbado estado de Táchira, no oeste da Venezuela, após mais um protesto violento na região. Desde que as manifestações pela saída do presidente Nicolás Maduro começaram, no início de abril, 43 vítimas fatais já foram registradas.

Confrontos entre manifestantes e polícia são registrados em praticamente todos os protestos na Venezuela.
Confrontos entre manifestantes e polícia são registrados em praticamente todos os protestos na Venezuela. REUTERS/Marco Bello
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A Procuradoria venezuelana confirmou em sua conta no Twitter que investiga a "morte de um adolescente de 15 anos durante um protesto em San Cristóbal", capital de Táchira. Com essa nova vítima fatal, a revolta social já alcança as manifestações de 2014, quando 43 pessoas também morreram durante as passeatas que, naquele ano, já pediam a saída de Nicolás Maduro do poder.

Táchira é uma das regiões onde a situação está mais tensa atualmente na Venezuela. O presidente chegou a anunciar, também nesta quarta-feira, a militarização do estado, que fica na fronteira com a Colômbia, após saques e ataques contra instalações policiais e militares. Segundo o ministro venezuelano da Defesa, Vladimir Padrino López, “2.000 guardas e 600 tropas de operações especiais serão enviados” em razão da escalada da violência em San Cristóbal e em vários municípios vizinhos.

Cerca de 20 estabelecimentos comerciais foram saqueados e duas sedes policiais incendiadas em Táchira durante a madrugada. Nesta quarta-feira, o comércio continuava fechado em razão do temor de novos atos de vandalismo.

Episódios de violência também foram registrados em outras partes do país. Na periferia leste de Caracas, em San Antonio Los Altos, os distúrbios prosseguem, com barricadas montadas por manifestantes encapuzados.

Estados Unidos falam de crise humanitária e Caracas reage

Os protestos têm como combustível a grave deterioração econômica e social que atinge há anos o país. Apesar de ser rico em petróleo, a Venezuela vive uma severa escassez de alimentos e remédios, uma inflação que é a mais alta do mundo e criminalidade generalizada, o que preocupa a comunidade internacional. 

Nesta quarta-feira, a embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Nikki Haley, se mostrou muito preocupada com a situação venezuelana. Durante uma reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas, convocada por Washington para discutir a situação no país sul-americano, ela disse que a Venezuela está “à beira da crise humanitária".

As declarações suscitaram reações imediatas de Caracas. Logo após a reunião, o embaixador venezuelano na ONU, Rafael Ramírez, afirmou que a "Venezuela resolverá seus problemas internos (...) Faremos isso nós mesmos. Não aceitamos ingerência, nem tutela dos Estados Unidos".

(Com informações da AFP)

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