“Experiente e independente”: imprensa internacional sobre conselheiro de Segurança dos EUA
Veterano das guerras do Iraque e Afeganistão, o general Herbert MacMaster foi o nome escolhido pelo presidente americano Donald Trump para assumir o Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos nesta segunda-feira (20).
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Com a demissão de Michael Flynn, após a revelação de uma conversa sua com o embaixador da Rússia nos Estados Unidos, onde negociava uma eventual retirada de sanções impostas por Washington a Moscou, o país viveu novo momento de tensão até a nomeação por Trump, nesta segunda-feira (20) à noite, do novo Conselheiro de Segurança Nacional, o general Herbert Raymond MacMaster.
MacMaster, de 54 anos, é especialista em contra-insurgência e veterano de duas guerras: ele serviu no Iraque, em 1991, e durante a invasão americana de 2004 a 2006, e de 2007 a 2008, no Afeganistão. Ele foi nomeado pelo presidente americano após uma semana difícil de negociações, que deixaram Washington em suspenso.
Experiência militar, mas falta de background político
Segundo o jornal The New York Times, MacMaster é um “teórico militar extremamente respeitado, conhecido por ter contestado o pensamento convencional e por ter favorizado uma mudança importante na guerra do Iraque, em seus dias mais sombrios”. “Contrariamente a Michael Flynn, que foi conselheiro do atual presidente durante a campanha eleitoral do ano passado, o general MacMaster não possui menhuma ligação com Trump, nem é considerado defensor de quaisquer ideologias, como é o caso do homem que ele substitui [Flynn]”, afirma o Times.
Já segundo o Courrier International, “foram os republicanos, admiradores do general MacMaster, que trabalharam nos bastidores para persuadir Trump a nomeá-lo. Especialmente o senador do Arkansas, Tom Cotton, que serviu sob as ordens do general e que sugeriu sua candidatura para a Casa Branca. O secretário da Defesa, Jim Mattis, também trabalhou com MacMaster e o encorajou a aceitar o cargo”, detalha o Courrier.
Segundo o jornal Washington Post, a excelente reputação do general possui, no entanto, um ponto fraco: sua falta de experiência política. “Diferentemente de numerosos oficiais, MacMaster nunca esteve no Pentágono, o que poderá constituir um desafio em seu novo cargo”, afirma o diário. Já para o jornal Le Monde, “Donald Trump precisava de um nome respeitado”. “Ele dirigia até ser nomeado um centro de planejamento do Exército americano, o Army Capabilities Integration Center, encarregado de preparar os oficiais para futuros conflitos”, explica o diário francês.
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