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Chile: greve em Escondida, maior mina de cobre do mundo, pode ser longa

Nesta terça-feira (21), a greve dos funcionários de Escondida, nome da maior mina de cobre do planeta, entrou no 12° dia e, ao que tudo indica, ainda está longe de terminar. A queda de braço entre mineiros e empregadores envolve negociações salariais e benefícios.  

Trabalhador na mina de cobre Escondida, a maior do mundo, na região de Antofagasta, no Chile
Trabalhador na mina de cobre Escondida, a maior do mundo, na região de Antofagasta, no Chile REUTERS/Ivan Alvarado
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Situada na região de Antofagasta, a mina é mantida pelo grupo australiano BHP Billiton, acionista majoritário, e responde pela produção de 5% do cobre comercializado no mundo, com produção anual de mais de um milhão de toneladas do metal. Este peso global também se reflete em nível interno: 1% do PIB chileno e, no mínimo, 10% das exportações nacionais. Nesse contexto, um mes de paralisação da mina impactaria de forma negativa no PIB do país.

Para os 2.500 trabalhadores em greve, a importância da mina ultrapassa a questão dos salários. Há interesse igualmente nos benefícios sociais como plano de saúde e educação, reduzidos pela metade com a baixa dos preços do cobre. A BHP Billiton propõe uma redução ainda maior desses benefícios.

Reivindicações dos mineiros de Escondida

Revoltados, os mineiros começaram uma greve no dia 9 de fevereiro, reclamando um bônus de US$39.000, que compensaria os prejuízoz com a redução do que perderam com a queda da cotação do metal. Atualmente, a empresa oferece US$12.400.

Outra reivindicação é que os trabalhadores contratados há menos tempo desfrutem dos mesmos benefícios dos outros, e que o aumento da produção não seja vinculado ao tempo de descanso.

Governo chileno tenta mediar a crise

Durante a greve, a companhia decidiu paralisar a produção para garantir a segurança, mantendo apenas os serviços mínimos. Os líderes sindicais se reuniram por mais de duas horas na segunda-feira (20) com membros do governo, mas o encontro não deu em nada. "A empresa continua intransigente, então, não há nada para ser dito", declarou Carlos Allendes, porta-voz do sindicato que reúne os grevistas, completando que a greve pode durar até dois meses.

Com a mina parada, o mercado mundial do cobre está voltado para o Chile à espera de uma definição, consciente de que a greve pode influenciar as negociações de salários em outras minas do país.

 

 

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