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México/EUA

Chanceler mexicano desmente aumento de expulsões dos EUA

Um dia após gigantescos protestos nas ruas do México, o chefe da diplomacia do país tenta acalmar as tensões com os Estados Unidos. Segundo ele, o número de expulsões de mexicanos do território norte-americano continua estável.

Ministro das Relações Exteriores do México, Luis Videgaray, é considerado próximo das equipes de Donald Trump.
Ministro das Relações Exteriores do México, Luis Videgaray, é considerado próximo das equipes de Donald Trump. REUTERS/Joshua Roberts
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Com informações de Patrick John Buffe, correspondente da RFI no México

Nesta segunda-feira (13), o ministro mexicano das Relações Exteriores, Luis Videgaray, desmentiu as informações divulgadas nos últimos dias pela imprensa. Segundo ele, “o número de expulsões se mantém e não houve nenhum aumento” desde a chegada de Donald Trump na Casa Branca. 

Porém, o chefe da diplomacia ressaltou que os consulados mexicanos viram o número de telefonemas de mexicanos vivendo nos Estados Unidos triplicar desde a eleição de Trump.

Considerado como um próximo das equipes de Donald Trump, Videgaray foi o responsável pela visita do futuro presidente dos Estados Unidos ao México, em agosto de 2016. Ex-secretário da Fazenda, ele havia deixado o cargo em setembro sob fortes críticas, após ter organizado a polêmica visita de Trump ao México.

Trump e Peña Nieto são criticados

As declarações de Videgaray são feitas um dia após cerca de 20 mil pessoas saírem às ruas na capital mexicana. Carregando bandeiras e cartazes em um protesto pacífico, os manifestantes contestavam tanto a expulsão de imigrantes ilegais do território dos Estados Unidos como o projeto de construção de um muro entre os dois países.

Para vários manifestantes, como Cintia Lopez, o protesto é a ocasião de exigir do presidente norte-americano mais respeito e tolerância. “Eu sou contra todos os insultos e todas as ameaças de Trump contra o México. Eu exijo que meu país seja respeitado e defendo nossa soberania nacional”, disse.

Em Guadalajara, segunda cidade do país, cerca de 10 mil pessoas, a maioria estudantes, também manifestaram. Protestos mais modestos também foram registrados em outras localidades.

Parte dos manifestantes também pediam mais firmeza do presidente mexicano. Cartazes com os dizeres “Peña Nieto, se respeite e tenha coragem diante de Trump" podiam ser lidos durante o cortejo.

A crise diplomática entre México e Estados Unidos vem se intensificando desde a campanha presidencial norte-americana, quando o então candidato Donald Trump tratou os mexicanos de “criminosos” e “estupradores”. O republicano também acusou os vizinhos de “roubarem os empregos dos americanos”. A situação só piorou após a assinatura do decreto sobre a construção de um muro – pago pelo México – na fronteira entre os dois países, para tentar frear a imigração. O projeto fez com que Peña Nieto anulasse uma visita a Washington, prevista para 31 de janeiro.
 

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