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EUA/Política

Senado americano aprova medida para facilitar fim do Obamacare

Na madrugada desta quinta-feira (12), o Senado americano aprovou, sob protesto da minoria democrata, uma mudança na lei de orçamento do país permitindo que uma maioria simples de senadores, ou seja, sem a necessidade do apoio de 2/3 dos membros, derrube nos próximos dias o Obamacare, o projeto de saúde pública que é a marca do governo Obama.

Senadores democratas e republicanos durante comissão no Senado americano.
Senadores democratas e republicanos durante comissão no Senado americano. REUTERS/Jonathan Ernst
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Eduardo Graça, correspondente da RFI em Nova York

Os republicanos, em seguidos discursos no Capitólio, disseram que as eleições de 2016 deram ao partido um mandato popular para acabar com a Obamacare e criar uma nova legislação na área, a ser elaborada pelo novo Ministro da Saúde, o deputado republicano conservador Tom Price, ligado ao Tea Party. Segundo os democratas,  mais de 20 milhões de americanos ficarão desprotegidos com o fim da Obamacare.

No dia em que o presidente eleito Donald Trump deu, em Nova York, sua primeira e explosiva coletiva de imprensa em seis meses, o Capitólio foi palco, durante toda a quarta-feira (11), de sabatinas de alguns dos principais nomes do novo governo pelos senadores. E ninguém sofreu mais do que o indicado pelo republicano para comandar a política externa americana a partir do próximo dia 20, o CEO da Exxon Mobil, Rex Tillerson, um executivo sem qualquer experiência na diplomacia americana.

Rubio questiona Tillerson sobre interesses na Rússia

Mais uma vez o líder russo, Vladimir Putin, esteve no centro das discussões políticas nos EUA. E foi um senador da base do novo governo, Marco Rubio, da Flórida, pré-candidato à presidência no ano passado, ridicularizado por Trump durante as primárias, quem mais questionou Tillerson sobre como ele iria separar os interesses da Exxon Mobil na Rússia, país crucial para a multinacional, e os dos Estados Unidos. Rubio, em determinado momento, pressionou Tillerson a afirmar que Putin era um criminoso de guerra, sem sucesso.

Se Rubio votar contra a indicação de Tillerson, e se juntar aos democratas do comitê de Relações Exteriores do Senado, esta será a primeira grande derrota política de Trump desde sua eleição. Até o fim da noite de quarta, Rubio se recusava a assumir o compromisso, pedido pelos republicanos, de aprovar a indicação de para a Secretaria de Estado do presidente eleito.

Os democratas foram claros: ser executivo de uma multinacional está a quilômetros de distância de um chanceler. Na quinta-feira será a vez de os senadores sabatinarem os indicados de Trump para a Secretaria de Defesa, o general de reserva James Mattis, a de Desenvolvimento Urbano, o cirurgião Ben Carson, e a do Comércio, o bilionário Wilbur Ross.
 

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