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Venezuela/Mercosul

Venezuela rejeita suspensão do Mercosul e diz que bloco vive ‘lei da selva’

A Venezuela rejeitou nesta sexta-feira (2) a decisão dos países sócios do Mercosul de suspender seus direitos como membro do grupo por descumprir normas comerciais e democráticas. A chanceler venezuelana disse que Caracas vai continuar presidindo o bloco, apesar da oposição dos vizinhos.

Delcy Rodríguez, chefe da diplomacia venezuelana, contestou a suspensão do país do Mercosul
Delcy Rodríguez, chefe da diplomacia venezuelana, contestou a suspensão do país do Mercosul REUTERS/Marco Bello
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Um dia após os quatro países fundadores do bloco – Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai – suspenderem a Venezuela do grupo, a chanceler venezuelana Delcy Rodríguez contestou a decisão dos vizinhos e disse “não reconhecer este ato vão”. A chefe da diplomacia declarou ainda que o Mercosul está sendo “destruído” por uma “lei da selva”.

Em resposta à ameaça de suspensão, Rodríguez apelou para a provocação e disse que seu país "seguirá exercendo a presidência legítima (do Mercosul) e participará com direito a voz e voto em todas as reuniões” do grupo. "Convocamos os povos do Mercosul a não deixarem arrebatar seus mecanismos de integração, sequestrados por burocratas intolerantes", escreveu a chanceler em sua conta na rede social Twitter.

A suspensão de Caracas do bloco representa a mais dura sanção de uma entidade internacional contra o país. O grupo exigia que o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, incorporasse à sua legislação uma série de disposições comerciais e políticas, incluindo uma relacionada aos direitos humanos.

A Venezuela – que entrou no Mercosul em 2012 – sustenta que alguns dos compromissos de adesão se chocam com suas normas internas, embora na terça-feira (29) tenha dito estar disposta a assinar um dos convênios comerciais pendentes, relacionado às tarifas comuns e à livre circulação de bens. Consequentemente, os demais sócios enviaram a ela um "comunicado" para indicar que seus direitos no bloco estariam "suspensos".

Rodríguez indicou ainda que "esta notificação não existe" e a chamou de "falsa". Mas na tarde desta sexta-feira o ministério argentino das Relações Exteriores divulgou uma nota confirmando que o governo venezuelano foi notificado oficialmente da decisão dos vizinhos.

A suspensão da Venezuela vinha sendo desenhada desde que os outros membros do grupo bloquearam em julho o acesso do país caribenho à presidência semestral do bloco.

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