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EUA/Trump/Protestos

Manifestante é baleado em 3ª noite de protestos contra eleição de Trump

A terceira noite de protestos contra a eleição de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos foi marcada por violência. Milhares de pessoas que apoiam a candidata democrata derrotada, Hillary Clinton, voltaram às ruas na sexta-feira (11), em várias cidades do país, como Miami ou Nova York. Em Portland, em Oregon, um manifestante foi baleado, mas não corre risco de morte. Os manifestantes garantem que os protestos vão continuar.

Terceira noite de protestos em Nova York contra a eleição de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos.
Terceira noite de protestos em Nova York contra a eleição de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos. REUTERS/Eduardo Munoz
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As manifestações de sexta-feira contra a eleição de Donald Trump para a presidência dos Estados Unidos começaram pacificamente. Com grandes balões vermelhos, cartazes com corações e um discurso de "paz e amor", cerca de 1.200 manifestantes se reuniram na Washington Square, em Nova York.

"Seu muro não poderá bloquear o nosso caminho", "O amor é um direito humano", "Merecemos um mundo melhor" - diziam os cartazes, muitos pintados por crianças que acompanhavam os pais. Algumas pessoas agitavam bandeiras mexicanas ou cartazes com o rosto da democrata Hillary Clinton, derrotada por Trump.

Esta foi a terceira manifestação em Nova York, cidade do presidente eleito. A metrópole, que se orgulha de sua diversidade, vota tradicionalmente nos democratas. "Estamos aqui para apoiar todas as pessoas que Trump ofendeu, para mostrar aos nossos filhos que temos voz, para defender os direitos das pessoas", disse à AFP Kim Bayer, 41 anos, que foi ao protesto com a filha, a irmã e uma sobrinha.

"Temos medo que um governo de Trump seja um desastre para os direitos humanos. Nunca tive tanto medo na minha vida. Temos que sair para protestar, e de maneira ruidosa". Trump realizou uma campanha agressiva, repleta de insultos e ataques a mulheres, muçulmanos, mexicanos e imigrantes ilegais.

Incidentes marcam protestos em outras cidades americanas

Na Flórida, mais de 1.000 manifestantes bloquearam uma importante ponte que liga Miami à ilha turística de Miami Beach, gritando frases como "As vidas dos negros importam", "Proíbam o racismo e deportem o ódio" ou "Donald Trump tem que partir".

David Gibson, do grupo ambientalista Peace, Justice and Sustainability Florida, explicou que "houve pouca participação e como resultado (...) um presidente que não é qualificado" foi eleito. Moradores de prédios vizinhos lançaram garrafas contra os participantes da passeata, sem deixar feridos.

Em Portland, em Oregon, foram os manifestantes que jogaram objetos contra policiais. Um homem que participava do protesto foi baleado quando atravessava, com um grupo de pessoas, uma ponte da cidade. Segundo a polícia, ele foi baleado por um motorista que saiu de seu carro e atirou contra o grupo. O manifestante foi hospitalizado e o suspeito continua foragido.

Manifestações também ocorreram na Filadelfia, São Francisco e Los Angeles, onde centenas de pessoas paralisaram o tráfego no centro da cidade aos gritos de "rejeitamos o presidente eleito".

Novos protestos estão previstos neste sábado (12) em Nova York e Los Angeles.

Vice-presidente vai dirigir equipe de transição

Três dias apos sua eleição surpresa, Donald Trump acelerou o ritmo para para preparar a transição. O vice-presidente eleito, Mike Pence, é o novo diretor da equipe de transição, no lugar do governador de Nova Jersey, Chris Christie

O republicano também recuou sobre uma de suas principais promessas de campanha. Ao invés de acabar com o "Obamacare" como havia prometido, ele disse que poderá apenas modificar o programa de saúde instituído pelo presidente Obama.

(com informações da AFP)

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