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Venezuela/referendo

Referendo revogatório na Venezuela será em 2017

O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela descartou nesta quarta-feira (21) que o referendo revogatório promovido pela oposição contra o presidente Nicolás Maduro possa ser realizado ainda este ano. Segundo o órgão, a consulta deve ocorrer apenas em março de 2017.  

O organismo eleitoral da Venezuela descartou nesta quarta-feira (21) que o referendo revogatório promovido pela oposição contra o presidente Nicolás Maduro possa ser realizado ainda este ano.
O organismo eleitoral da Venezuela descartou nesta quarta-feira (21) que o referendo revogatório promovido pela oposição contra o presidente Nicolás Maduro possa ser realizado ainda este ano. Miraflores Palace/Handout via REUTERS
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De acordo com um comunicado divulgado pelo Conselho, o referendo deverá acontecer no primeiro trimestre de 2017. A coleta das quatro milhões de assinaturas necessárias para convocar a consulta, próxima etapa do processo, acontecerá de 26 a 28 de outubro.

O órgão eleitoral destacou que, se essa exigência for cumprida, a consulta poderá ser convocada no início de dezembro. A partir dessa data, serão necessários 90 dias para que o organismo possa implantá-la.

O partido de oposição Mesa da Unidade Democrática (MUD) convocou uma entrevista coletiva de urgência depois do anúncio. A MUD queria que o referendo fosse realizado antes de 10 de janeiro de 2017, para que novas eleições pudessem ser convocadas depois da derrota de Maduro (2013-2019).

Oposição prevê derrota de Maduro

A oposição prevê a "derrota" de Maduro na coleta de assinaturas, mas classificou de ilegais as condições estabelecidas pelo CNE. "Não temos nenhuma dúvida. Milhões de venezuelanos vão se mobilizar, dando a Maduro uma contundente derrota eleitoral, mas também política e moral", afirmou o secretário-executivo da coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD), Jesús Torrealba, na entrevista coletiva.

Segundo Torrealba, a MUD se declarou em "sessão permanente" para definir medidas de pressão, depois do anúncio do CNE. A MUD reivindicava que a coleta de 20% fosse nacional, e não que esse percentual correspondesse ao registro eleitoral de cada estado. Com isso, basta que apenas uma das 24 entidades estaduais não obtenha o mínimo para que o processo seja invalidado.

Outro assunto polêmico era o número de máquinas de identificação biométrica previstas para esse processo. O CNE aprovou 5.392 máquinas para um contingente de quatro milhões de pessoas, mas a MUD pedia 19.500 para atender a 19 milhões de eleitores.
"A estrutura que o CNE está propondo não vai permitir que mais do que quatro milhões consigam validar a assinatura", disse o especialista em assuntos eleitorais Eugenio Martínez.

Um apoio que se aproxime, ou supere, os 7,5 milhões de votos necessários para tirar Maduro do poder, terá um "impacto inegável", mesmo se o referendo não acontecer este ano, acrescentou Martínez. Para o analista Luis Vicente León, "com poucas máquinas e com 20% por estado, é muito difícil coletar as assinaturas, e a oposição vai-se dividir sobre se deve, ou não, aceitar essas condições".

(Com Informações da AFP)
 

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