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Venezuela/crise

Opositor venezuelano é transferido para penitenciária

O ex-prefeito opositor venezuelano Daniel Ceballos, acusado participar de protestos contra o presidente Nicolás Maduro em 2014 e há um ano sob prisão domiciliar por razões de saúde, foi transferido para uma penitenciária, denunciou neste sábado (27) sua mulher.

Daniel e Patricia Ceballos em Caracas, no dia 12 de agosto de 2015
Daniel e Patricia Ceballos em Caracas, no dia 12 de agosto de 2015 JUAN BARRETO / AFP
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Segundo a mulher do político e prefeita de San Cristóbal, Patricia de Ceballos, caminhonetes do serviço de Inteligência levaram Ceballos sua casa, em Caracas, onde ele cumpria prisão domiciliar desde agosto de 2015. "Eles disseram que era uma para uma consulta médica, o colocaram em uma ambulância e nos mostraram a carta de transferência para a prisão 26 de julho, em San Juan de los Morros", explicou a prefeita.

Daniel Ceballos, ex-prefeito de San Cristóval, a capital do estado fronteiriço onde explodiram os protestos nas ruas há dois anos, está preso desde março de 2014, acusado de incitar a violência nas manifestações que deixaram 43 mortos. "A transferência de Daniel Ceballos a uma prisão constitui um elo a mais na corrente de violações dos direitos humanos contra prisioneiros de consciência", denunciou seu advogado, Juan Carlos Gutiérrez, noTwitter.

O advogado disse que a prisão domiciliar de Ceballos, que antes esteve preso em uma sede de detenção policial dos serviços de Inteligência em Caracas e em outras duas prisões, foi concedida por motivos de saúde e, portanto, a medida não poderia ser revogada "sem existir tentativa de fuga".

Transferência acontece na véspera de grande manifestação

A transferência para a prisão acontece na véspera da grande manifestação convocada pela oposição em 1º de setembro, em Caracas, para exigir ao poder eleitoral que acelere o processo para ativar um referendo revogatório contra Maduro.

"Se o que pretendem é nos dobrar, acreditem que com isto, com muito mais força vamos estar em paz nas ruas conquistando a mudança e a liberdade que todos queremos", disse Patricia de Ceballos em um vídeo ao lado das esposas de Leopoldo López e do prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, em prisão domiciliar desde maio de 2015. O governo venezuelano responsabilizou estes opositores pelas mortes nas manifestações de 2014 e informou que deverão continuar presos até que paguem por seus "assassinatos".

(Com informações da AFP)

 

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