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Organização dos Jogos do Rio aceita pedido de desculpas de nadador americano

A organização dos Jogos Olímpicos aceitou o pedido de desculpas do nadador norte-americano Ryan Lochte, que inventou ter sofrido um assalto no Rio com  três companheiros de equipe. O atleta pediu desculpas nesta sexta-feira (19) por seu comportamento em um comunicado publicado no Twitter e no Instagram.

O nadador Ryan Lochte pediu desculpar por inventar assalto
O nadador Ryan Lochte pediu desculpar por inventar assalto Reuters
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"Nós aceitamos as desculpas, mas queremos deixar claro que a população brasileira ficou muito desapontada com a invenção. Recebemos mais de 1 milhão de mensagens na nossa página no Twitter condenando os atletas. Ficou evidente que os brasileiros se sentiram humilhados", disse Mario Andrada, diretor de comunicação do evento.

Lochte publicou que "gostaria de pedir desculas pelo meu comportamento na semana passada, por não ter sido mais cuidadoso e mais franco ao descrever os incidentes daquela madrugada". Ele lamentou ter se convertido no centro das atenções "quando muitos atletas estão alcançando seu sonho de participar de Jogos Olímpicos".

"Eu deveria ter sido muito mais responsável com meu comportamento e, por isso, peço desculpas aos meus colegas de equipe, aos meus fãs, aos meus colegas competidores, aos meus patrocinadores e aos anfitriões deste grande evento", disse o nadador.

O comunicado de Lochte foi divulgado depois que o atleta foi alvo de muitas críticas por ter provocado uma enorme e desnecessária confusão no maior evento esportivo do planeta, uma competição acompanhada por bilhões de pessoas no mundo inteiro.

Lochte disse ter esperado até agora para se pronunciar porque queria ter certeza de que os outros três nadadores que estavam com ele naquela noite - Gunnar Bentz, Jack Conger e Jimmy Feigen - estariam livres para deixar o Brasil.

Comitê Olímpico dos Estados Unidos 

O Comitê Olímpico dos Estados Unidos (USOC) reconheceu na quinta-feira (18) que eles inventaram o assalto e pediu desculpas à organização dos Jogos Olímpicos e ao Brasil.

"Em nome do Comitê Olímpico dos Estados Unidos, pedimos desculpas aos nossos anfitriões no Rio e ao povo brasileiro por essa distração no meio do que deveria ser uma celebração de excelência", disse o comitê em comunicado.

"Os quatro nadadores foram de táxi da Casa da França em direção à Vila Olímpica na manhã do último domingo. Eles pararam em um posto de gasolina para usar o banheiro e um dos atletas cometeu um ato de vandalismo", reconheceu o USOC, confirmando o que foi mostrado em imagens registradas pela câmera de segurança do posto. Eles deram, então, uma quantia em dinheiro à segurança do local, que exigiu que os danos fossem pagos.

O órgão afirmou que estudará "potenciais consequências" para os nadadores. "O comportamento desses atletas é inaceitável e também não representa os valores da equipe dos EUA nem a conduta da maioria de seus integrantes", afirmou o USOC.

O comitê aceitou, assim, a investigação das autoridades brasileiras sobre o incidente que resultou na acusação dos nadadores James Feigen e Ryan Lochte por falsa comunicação de crime. A punição para Feigen, segundo a imprensa americana, será doar o equivalente a US$ 11 mil a uma instituição de caridade. Os outros nadadores envolvidos no incidente, Gunnar Bentz e Jack Conger, não serão acusados.

Incidente "traumático"

Ryan Lochte, que tem 12 medalhas, incluindo um ouro no revezamento 4x200 estilo livre nos Jogos do Rio, havia alegado ter sido assaltado junto aos seus três companheiros de equipe por um homem disfarçado de policial ao voltar de táxi de uma festa na Casa da França.

A alegação forçou os organizadores dos Jogos Olímpicos do Rio a fazer um pedido de desculpas pela suposta falha na segurança. Posteriormente, a polícia informou que vídeos do circuito interno de um posto de gasolina mostravam um segurança sacando uma arma para conter Lochte, que estava bêbado e agressivo, e seus colegas depois que eles tentaram ir embora após vandalizarem o banheiro do local.

O atleta de 32 anos, no entanto, classificou o incidente de "traumático". "É traumático estar na rua tarde da noite com seus amigos em um país estrangeiro - com a barreira da língua - e ter um estranho apontando uma arma na sua direção e exigindo dinheiro para deixar você ir embora", contou.

"Estou muito orgulhoso de representar meu país nos Jogos Olímpicos, e essa foi uma situação que poderia e deveria ter sido evitada. Eu assumo a minha responsabilidade por meu papel neste acontecimento e aprendi algumas lições valiosas", completou.

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