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EUA

Com críticas a Trump, Hillary aceita candidatura à presidência dos EUA

A ex-secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, aceitou a candidatura à presidência pelo Partido Democrata, "com humildade, determinação e confiança sem limites" nos Estados Unidos, prometendo ser "a presidente de democratas, republicanos e independentes". Com um discurso marcado por críticas ao rival Donald Trump, ela selou o último dia da Convenção Nacional de seu partido na Filadélfia nesta quinta-feira (28).

A candidata democrata, Hillary Clinton, no último dia da convenção do partido na Filadélfia, nesta quinta-feira (28).
A candidata democrata, Hillary Clinton, no último dia da convenção do partido na Filadélfia, nesta quinta-feira (28). REUTERS/Gary Cameron
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"Os Estados Unidos precisam de cada um de nós para que tragamos nossa energia, nossos talentos, nossas ambições para que nossa nação seja melhor e mais forte", declarou a ex-secretária de Estado.

No discurso, ela atacou várias vezes seu oponente republicano, Donald Trump. "Os Estados Unidos não são um país onde uma única pessoa tem todo o poder", alertou, alfinetando o bilionário por alegar que ele sozinho pode "consertar" o país.

Segundo Hillary, Trump quer que os norte-americanos tenham medo do futuro para que fiquem cegos diante dos perigos do mundo contemporâneo. "Não temos medo. Vamos crescer perante o desafio, como sempre fizemos", reiterou.

A candidata também estendeu a mão aos eleitores de Bernie Sanders, finalista nas prévias do partido, garantindo que ouviu os questionamentos de seus simpatizantes. "Quero agradecer a Bernie Sanders e digo a todos os seus eleitores aqui e ao redor do país: quero que saibam que eu ouvi vocês. Sua causa é nossa causa. Nosso país precisa de suas ideias, da sua energia e da sua paixão", disse.

Reforma migratória e economia

Em outro trecho do discurso, ela defendeu a necessidade de uma reforma migratória nos Estados Unidos, alegando que a iniciativa fará crescer a economia do país e deter as deportações "desumanas". "Acredito que temos milhões de imigrantes que trabalham duro e contribuem com nossa economia. Seria uma derrota e desumano expulsá-los", declarou, em referência a proposta de Donald Trump.

Para a democrata, os americanos têm o direito de ficar furiosos com uma economia que "ainda" não está funcionando para todos. "Ouvi isso de muitos, que sentem que a economia certamente ainda não os favorece. (...) E, querem saber? Vocês estão certos. Ainda não está funcionando como devia", afirmou.

Ao apresentar a primeira mulher a ser indicada candidata à presidência dos Estados Unidos por um dos grandes partidos do país, a filha de Hillary, Chelsea, elogiou a delicadeza e as qualidades humanas da candidata, referindo-se a uma "mãe maravilhosa, atenta e divertida". "Estou aqui como uma americana orgulhosa, uma democrata orgulhosa, uma mãe orgulhosa, uma filha orgulhosa", disse a filha única de Hillary e do ex-presidente Bill Clinton no último dia da Convenção.

Ao falar de uma mãe atenta, Chelsea descreveu uma mulher cheia de vida com "senso de justiça". "Ela nunca, nunca, se esquece pelo que está lutando", disse, sob o olhar do pai, na arquibancada do Wells Fargo Center. "Sei, com todo meu coração, que ela nos fará sentir orgulhosos como presidente", concluiu Chelsea.

Momento marcante da convenção

Em um dos momentos mais emocionantes do último dia do evento democrata, o pai de um oficial muçulmano das forças americanas morto no Iraque acusou Trump de denegrir os patriotas enquanto "jamais se sacrificou" pelos EUA. Khizr Khan - cujo filho Humayun morreu em um atentado suicida em 2004 em Baquba - atacou o candidato republicano por seu plano de proibir a entrada de muçulmanos nos Estados Unidos.

"Esta noite estou honrado de estar aqui como pai do capitão Humayun Khan e como patriota americano muçulmano de absoluta lealtade ao país", disse, comovendo os delegados que observaram um vídeo em homenagem a seu filho. "Alguma vez você esteve no cemitério de Arlington? Procure nos túmulos dos patriotas valentes que morreram defendendo os Estados Unidos da América e verá todos os credos, gêneros e etnias."

(Com informações da AFP)

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