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EUA/tiroteio

Pior tiroteio da história dos EUA deixa 50 mortos em boate gay em Orlando

O ataque a uma boate gay de Orlando, o pior com arma de fogo da história americana, deixou 50 mortos e 53 feridos, segundo um novo balanço, divulgado na tarde deste domingo (12) pelo prefeito da cidade, Buddy Dyer. O balanço inicial dava conta de 20 mortos e 40 feridos. O autor do ataque, morto em confronto com a polícia, foi identificado por redes de TV como sendo Omar Mateen, cidadão americano de 29 anos de origem afegã.

Amigos e parentes das vítimas choram em frente à delegacia
Amigos e parentes das vítimas choram em frente à delegacia Reuters
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Ainda não está claro se as vítimas morreram durante a tomada de reféns ou no confronto entre o atirador e a polícia. O agressor morreu dentro do local. O ataque à boate Pulse, no centro, começou por volta das 2h da madrugada. Segundo testemunhas, um homem abriu fogo com um fuzil AR-15.

O FBI anunciou que investiga o caso como um ato terrorista. A coletiva de imprensa do prefeito Buddy Dyer, nesta tarde, contou com a participação de um imã, que pediu calma e que a população e a mídia não tirem conclusões precipitadas.

O prefeito solicitou ao governador da Flória a instauração de um estado de emergência, quer permitirá mobilizar recursos suplementares.

O presidente Barack Obama pediu que o governo federal forneça toda a ajuda necessária. A candidata democrata à Casa Branca, Hillary Clinton, publicou no Twitter que acordou com a chocante notícia e enviou solidariedade aos afetados pela tragédia. Já Donald Trump, o candidato republicano, classificou o tiroteio de "terrível".

O presidente francês, François Hollande, expressou o apoio total da França e dos franceses às autoridades e ao povo norte-americano.

Relatos de testemunhas

De acordo com um dos clientes da boate Pulse, em Orlando, entrevistado pela rede CNN, por volta das 2h da madrugada um homem entrou no local e começou a atirar a esmo. “Todo mundo se jogou no chão”, disse. Segundo ele, o autor dos disparos provavelmente atirava para cima, porque as lâmpadas começaram a cair. “Ele atirou sem parar, provavelmente menos de um minuto, mas parecia muito mais demorado”, descreveu.

Uma das vítimas que estava no bar descreve uma cena de horror, com sangue espalhado pelo chão e pessoas fugindo de todos os lados. Muitos clientes escaparam pela porta de trás da boate.

A polícia fechou o bairro e recomendou à população que se distanciasse do local. O suspeito de ser autor dos tiros estaria morto, mas as informações são contraditórias. De acordo com mensagens publicadas no Twitter por clientes, ele ainda estaria na boate com reféns. A polícia não deu maiores detalhes e fala em “explosão controlada”, pedindo que a imprensa evite "especulações". Uma coletiva ocorrerá por volta das 7h no horário local.

Cantora é assassinada depois de show

Um outro crime chocou os Estados Unidos neste sábado. A cantora Christina Grimmie, 22 anos, ex-candidata do programa "The Voice", morreu depois de levar um tiro durante uma sessão de autógrafos no Plaza Live d'Orlando. A artista de 22 anos tinha acabado de se apresentar com o grupo Before You Exit e estava recebendo os fãs quando um homem entrou armado de duas pistolas e uma faca, atirou na cantora e se suicidou. Levada para o hospital, a jovem cantora não resistiu aos ferimentos e morreu.

O suspeito, de 27 anos, se chama Kevin James Loibl e era da cidade de St Petersburg, no estado da Flórida, no sul dos Estados Unidos. De acordo com o chefe da polícia local, John Mina, ele teria vindo a Orlando especialmente para cometer o crime, mas suas motivações ainda são desconhecidas. Nos Estados Unidos, os crimes cometidos com armas de fogo são quase diários. Desde o início do ano, já houve mais de 5800 mortos no país e cerca de 23 mil incidentes.

 

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