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Fome/Venezuela

Escassez de comida provoca saques e protestos na Venezuela

A crise econômica e política na Venezuela vem provocando cada vez mais protestos da população. Longas filas, vigiadas pela polícia militar, se formam todos os dias nos supermercados para comprar alimentos subsidiados devido a uma severa escassez de mais de dois terços de produtos básicos.

Polícia usa gás pimenta contra manifestantes que protestam contra escassez de comida na Venezuela.
Polícia usa gás pimenta contra manifestantes que protestam contra escassez de comida na Venezuela. REUTERS/Marco Bello
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Os moradores de Petare atacaram nesta quinta-feira (9) dois caminhões carregados de comida, provocando a mobilização de 200 policiais e militares."Tudo isto para comprar farinha e arroz", disse Marlyn González à AFP, enquanto centenas de militares transitavam pela região em motos e caminhões.

Efetivos de segurança dispersaram os protestos, protegidos por escudos que os manifestantes tentavam tirar aos empurrões na Redoma de Petare, zona nevrálgica do leste de Caracas que abriga dezenas de bairros desfavorecidos.

"O que nos vendem são dois quilos de arroz, dois quilos de farinha e às vezes nem se consegue, já estamos cansados por culpa deste governo que não serve para nada", lamentou González.

Em Baruta, cidade da região de Caracas, vários bairros - tanto nobres, quanto mais pobres - permanecem há dias sem água.

Saques e protestos vêm aumentando

O coordenador do Observatório Venezuelano de Conflito Social, Marco Ponce, informou que nos primeiros cinco meses do ano houve 254 saques ou tentativas de saque, e só em maio, 172 protestos em repúdio à escassez de alimentos.

No centro de Caracas, deputados opositores e seus seguidores protestaram em frente à sede do poder eleitoral para exigir a data de ratificação das assinaturas que ativarão o referendo revogatório contra o presidente Nicolás Maduro.

"Revogatório", "temos fome", repetiam, em coro, desde cedo, os opositores às portas do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), onde em seguida chegaram grupos de chavistas, com os quais trocaram agressões, empurrões e gritos.

Em outro ponto da cidade, na Praça Venezuela, dezenas de universitários enfrentaram com pedras e bombas incendiárias as forças de segurança, que reagiram com bombas de gás lacrimogêneo e jatos d'água, depois que os efetivos bloquearam uma marcha de estudantes rumo ao organismo eleitoral.

 

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