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Venezuela/Política

Maduro decreta estado de exceção e prorroga emergência econômica na Venezuela

O presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, decretou estado de exceção por três meses no país, justificando o risco de "ameaças externas". A decisão, divulgada por cadeia de rádio e televisão na sexta-feira (13), é anunciada na véspera de uma nova manifestação organizada pela oposição para convocar um referendo com o objetivo de destituí-lo do poder.

O presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, durante um encontro de seu gabinete no Palácio Miraflores, em Caracas.
O presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, durante um encontro de seu gabinete no Palácio Miraflores, em Caracas.
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Maduro, acompanhado de seu gabinete, assinou o decreto do estado de exceção e de emergência econômica para "neutralizar e derrotar a agressão externa", que segundo ele, paira sobre a Venezuela.

Com a medida, o chefe de Estado amplia o decreto de emergência econômica em vigor deste janeiro e que expiraria neste sábado (14). O novo decreto é considerado por ele "mais completo, mais integral, de proteção do povo, de garantia de estabilidade, que nos permitirá, durante os meses de junho, julho e de toda sua extensão que vamos fazer constitucionalmente durante o ano de 2016, e seguramente durante o ano de 2017, recuperar a capacidade produtiva", afirmou.

Nicolas Maduro, que enfrenta uma grave crise econômica e tem seu governo rejeitado por 68% da população, segundo o instituto de pesquisa Venebarômetro, não explicou se o decreto implicará em restrições dos direitos civis.

Ao citar o documento, Maduro criticou o encontro de sexta-feira reunindo líderes da oposição e o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro.

Maduro luta contra o que considera um "golpe de Estado"

Na quinta-feira (12), Maduro anunciou a ampliação de um decreto para impedir que a oposição venezuelana, que controla o parlamento, execute um "golpe de Estado" contra ele, como aconteceu no Brasil, segundo o presidente. Em reação ao afastamento de Dilma Rousseff do cargo, Maduro chamou o embaixador do país em Brasília de volta para consultas.

O chefe de Estado venezuelano acusa os Estados Unidos de estar por trás de uma manobra para "acabar com as correntes progressistas na América Latina".

O anúncio do novo decreto coincide com uma nova jornada de mobilização convocada pela oposição para este sábado, em Caracas, com o objetivo de exigir que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) cumpra os prazos para realizar este ano um referendo sobre a permanência de Maduro no poder.

O presidente anunciou um evento também neste sábado para anunciar outras medidas para combater a crise no país, cujo reflexo está na inflação altíssima (180,9% em 2015) e na falta de produtos básicos para consumo.

 

 

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