Argentina diz confiar em democracia brasileira, mas não comenta impeachment
O governo argentino se mostrou confiante nesta quinta-feira (12) de que o desenlace do processo contra a presidente Dilma Rousseff consolidará a democracia no Brasil, segundo um comunicado.
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"Diante dos incidentes registrados no Brasil, o governo argentino manifesta que respeita o processo institucional que está se desenvolvendo e acredita que o desenlace da situação consolidará a solidez da democracia brasileira", sustentou o texto divulgado pela chancelaria.
O governo de centro-direita de Mauricio Macri disse que "continuará dialogando com as autoridades constituídas com o objetivo de seguir avançando com o processo de integração bilateral e regional".
Dilma foi suspensa de seu cargo por 180 dias por decisão do Senado e será submetida a um julgamento de impeachment por suposta maquiagem das contas públicas. A presidente será substituída pelo vice-presidente Michel Temer, acusado por ela de lançar um "golpe moderno".
Nem Macri nem Kirchner comentam afastamento de Dilma
O presidente argentino não fez declarações públicas sobre o processo. A ex-presidente argentina de centro-esquerda Cristina Kirchner (2007-2015), que manteve uma relação excelente com Dilma enquanto era presidente, também não fez declarações públicas nem através das redes sociais, canal pelo qual costuma se expressar desde que deixou o cargo, em 10 de dezembro.
O Chile, por sua vez se manifestou preocupado pelos acontecimentos dos últimos tempos no Brasil, e classificou de amiga a presidente Dilma Rousseff.
"O Governo do Chile expressa sua preocupação pelos acontecimentos dos últimos tempos nesta nação irmã, que geraram incerteza em nível internacional, considerando a gravitação do Brasil no âmbito regional", disse um comunicado da chancelaria chilena.
O texto afirma que o "Chile seguiu com atenção" os eventos políticos recentes no Brasil, classificando de amiga a presidente Dilma Rousseff, também destacando que com ela "mantivemos excelentes relações".
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