Acessar o conteúdo principal

Cresce número de mortos no Equador e busca por sobreviventes se dificulta

Forças de resgate no Equador seguem numa corrida contra o tempo para buscar sobreviventes sob os escombros do terremoto que atingiu o país no último sábado (16). O número de mortos aumentou para 480 e outras 2560 pessoas estão feridas.

Equipe de resgate retira corpo de vítima dos escombros em Pedernales, oeste do Equador.
Equipe de resgate retira corpo de vítima dos escombros em Pedernales, oeste do Equador. REUTERS/Henry Romero
Publicidade

A estimativa é de que haja pelo menos outros 1700 desaparecidos. Além dos equatorianos, entre os mortos há sete colombianos, um americano, uma irlandesa e dois canadenses.

De acordo com Diego Fuentes, vice-ministro do Interior, o governo criou uma plataforma para que as pessoas "que tiverem uma necessidade de busca possam gerar um registro" para que as autoridades tentem localizá-las. "Nós temos dois mil registros de pessoas que estão sendo procuradas, mas já encontramos 300", acrescentou.

Estados Unidos prometem ajuda para reconstruir o Equador

Em meio à tragédia, o presidente norte-americano, Barack Obama, prometeu ao presidente equatoriano, Rafael Correa, ajuda humanitária. Segundo a Casa Branca, Obama telefonou para Correa "para expressar suas condolências e as dos americanos diante da perda de vidas" devido ao tremor.

Na conversa, Obama "garantiu ao presidente Correa que os Estados Unidos farão tudo o que puderem para oferecer apoio à reconstrução do Equador. O presidente Correa agradeceu aos americanos por sua assistência neste momento difícil", informou a Casa Branca em nota.

No balneário turístico de Pedernales (oeste), epicentro do terremoto de 7,8 graus de magnitude, registrado no sábado às 18H58 (20H58 de Brasília), a esperança persiste, apesar do número de vítimas aumentar a cada dia.

Nos locais afetados pelo tremor, familiares dos desaparecidos, impacientes e cansados, mas ainda com esperança, acompanham as operações de resgate do que o presidente Rafael Correa chamou de "pior tragédia em 67 anos".

As histórias de resgates com sucesso 48 horas depois do tremor e o trabalho incansável dos bombeiros, policiais, militares e cães farejadores, assim como voluntários de outros países, mantêm a esperança dos parentes. Na segunda-feira (18), uma pessoa foi resgatada com vida dos escombros na cidade de Portoviejo.

“Reconstrução do país vai demorar anos e custará bilhões”

O terremoto, de mais de um minuto de duração e considerado o mais forte no Equador em 40 anos, devastou a costa do país, de norte a sul, com vários edifícios reduzidos a escombros, estradas destruídas e blocos de pedra e ferro retorcido nas áreas frequentadas por turistas.

Desde sábado foram registrados mais de 200 tremores secundários, que devem prosseguir nos próximos dias no país, "em estado de exceção".
Em uma visita a Pedernales na segunda-feira, o presidente Rafael Correa advertiu que a reconstrução da região vai demorar anos e custará "centenas, provavelmente bilhões de dólares".

O governo equatoriano ativou fundos de US$ 450 milhões para a reconstrução e receberá linhas de financiamento do Banco Mundial, do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e outras instituições, assim como ajuda material e humana de países como Venezuela, Colômbia, Espanha e Peru.
 

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe todas as notícias internacionais baixando o aplicativo da RFI

Compartilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual você tenta acessar não existe ou não está mais disponível.