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Venezuela

Venezuela terá fim de semana de 3 dias para poupar energia

A Venezuela começa a aplicar nesta sexta-feira (8) um novo plano para diminuir o consumo de energia elétrica. O presidente Nicolás Maduro decretou que todas as sextas-feiras serão feriado a partir de hoje, durante dois meses, pelo menos para alguns órgãos da administração pública. A medida, que gera controvérsia, tem o objetivo de evitar um mega-apagão no país, já que os reservatórios das hidrelétricas estão operando em níveis mínimos devido à seca causada pelo fenômeno El Niño.

Para economizar energia, governo venezuelano reduziu os horários de funcionamento dos shopping centers do país.
Para economizar energia, governo venezuelano reduziu os horários de funcionamento dos shopping centers do país. FEDERICO PARRA / AFP
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Elianah Jorge, correspondente da RFI em Caracas

O plano de folga semanal está previsto para durar 60 dias. Após este período, em junho, começa a temporada de chuvas em todo o país, o que tende a diminuir o problema da seca.

A decisão deve impactar a economia venezuelana, já bastante fragilizada por diversos fatores, principalmente pela queda dos preços internacionais do petróleo. O governo venezuelano, há alguns meses, reduziu o horário de funcionamento de shoppings centers. Mas, com a nova medida, centros comerciais, hotéis e grandes indústrias devem aumentar também o período de autogeração de energia elétrica para até nove horas por dia. Outra decisão do plano é a adoção de lâmpadas de baixo consumo nas residências venezuelanas.

Maduro quer ajuda de todo o país

Nicolás Maduro pediu “a colaboração de todo o país” para resolver o problema. Segundo o presidente, os estabelecimentos com maior consumo devem realizar uma economia de 20% de energia.

A medida vem gerando críticas. Alguns afirmam que o resultado tende a ser o oposto do esperado, pois os beneficiados com a folga semanal irão gastar mais energia elétrica em suas casas, sobretudo com o uso de aparelhos de ar condicionado por causa das altas temperaturas.

Outro problema é o trâmite de documentos em órgãos públicos que deixarão de funcionar às sextas-feiras, que devem ficar ainda mais lentos. Escolas, transportadoras de alimentos, remédios, gás, água potável e de dinheiro não obedecerão à folga semanal. Para o presidente da Assembleia Nacional, o opositor Henry Ramos Allup, a decisão é um “absurdo”.

O problema da seca atinge todo o país há mais de três anos. O drama vivido no interior da Venezuela, onde os cortes de energia são diários e prolongados, começam a ser sentidos na capital Caracas.

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