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Visita histórica

O que esperar do encontro de Obama com a dissidência cubana

A libertação de presos políticos e o respeito aos direitos fundamentais estarão no centro da conversa que o presidente norte-americano Barack Obama terá com uma dezena de opositores do regime cubano durante sua visita a Cuba. Parte da oposição critica a “condescendência” de Obama com o regime de Castro.

L'opposant cubain Guillermo Farinas pris en photo le 5 mars 2010 deux semaines avant le début de sa grève de la faim qui a pris fin le 9 juillet 2010.
L'opposant cubain Guillermo Farinas pris en photo le 5 mars 2010 deux semaines avant le début de sa grève de la faim qui a pris fin le 9 juillet 2010. Reuters/Desmond Boylan
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Maria Carolina Piña, enviada especial da RFI a Havana

Há grande expectativa em torno desta que será a primeira reunião de um mandatário dos Estados Unidos com a dissidência em Cuba, evento agendado para esta terça-feira (22), terceiro dia da visita de Obama.

Alguns opositores ouvidos pela RFI em Havana criticaram duramente a nova política americana para a ilha, mais flexível, e que eles classificam como “condescendência” de Obama com o regime.

“Vamos pedir solidariedade pública em seu encontro com os defensores dos direitos humanos”, contou José Daniel Ferrer, ex-prisioneiro e secretário da União Patriótica de Cuba. “Esperamos que sua audácia o leve a se aprofundar em seu discurso para falar dos muros que fazem o povo cubano infeliz”, completa.

Ferrer também diz que o regime tem “muito medo e está nervoso” diante da possibilidade de que surja um protesto espontâneo durante a visita de Obama. Para ele, “estão tentando manipular a visita”. O histórico opositor Ricardo Fariñas vai além: “eles temem que uma faísca pegue fogo e que o protesto acabe sendo de milhares, e não de uma dezena de ativistas”.

Primeiro episódio de violência

Pouco antes da chegada de Obama a Havana, no domingo (20), dezenas de ativistas liderados pelas Damas de Blanco que protestavam contra o governo Castro foram presos por várias horas. Composto por mães e esposas de presos políticos do regime, o grupo existe desde 2003.

Ao final da marcha que as Damas de Blanco costumam realizar aos domingos pela Quinta Avenida da capital cubana – e que desta vez contou com apoio de outras organizações –, grupos oficialistas encurralaram e atacaram os opositores.

A polícia chegou quase ao mesmo tempo. As Damas de Blanco e ativistas da dissidência foram arrastados até ônibus em meio a insultos de uma multidão de apoiadores do governo.

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