Caso de transmissão do zika por via sexual no Texas causa nova preocupação
O estado americano do Texas registrou o primeiro caso de zika transmitido por via sexual. Até agora, essa possibilidade era considerada pouco provável pelos cientistas.
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As autoridades sanitárias do condado de Dallas receberam a confirmação dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) que um paciente do Texas foi infectado pelo zika após uma relação sexual com uma pessoa que havia viajado recentemente à Venezuela.
Este caso traz novas preocupações sobre as formas de transmissão e propagação do zika. Na ampla maioria dos casos conhecidos da doença, o vírus foi transmitido pela picada do mosquito Aedes aegypti.
No mês passado, o CDC tinha registrado um caso de zika transmitido sexualmente e um outro caso do vírus presente no líquido seminal de um homem que acabou desaparecendo nos testes sanguíneos.
Ministros da Saúde do Mercosul se reúnem no Uruguai
Nesta quarta-feira (3), atendendo a um pedido da presidente Dilma Rousseff, os ministros da Saúde do Mercosul se reúnem em Montevidéu para discutir a epidemia de zika na região. O encontro, que também conta com a participação da diretora da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Carissa Etienne, vai analisar não só a propagação do zika, mas também a situação sanitária continental relacionada às outras doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, como a dengue e o chikungunya.
Na reunião extraordinária estarão os ministros da Saúde de Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela, como membros do Mercosul; a Bolívia, em processo de incorporação, além de Chile, Colômbia, Equador, Peru e Suriname, como países associados do bloco regional.
Além da presença da diretora da OPAS, está confirmada a participação de autoridades do Instituto Sul-Americano de Governo em Saúde (ISAGS), uma entidade vinculada à Unasul que busca coordenar políticas oficiais e melhorar a qualidade da gestão no setor.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que há uma relação "fortemente suspeita" entre o zika e o aumento excepcional na América Latina de casos de microcefalia, uma má-formação congênita em crianças que nascem com cabeça e cérebro anormalmente pequenos.
Depois de declarar na segunda-feira (1) "emergência sanitária internacional" devido às desordens neurológicas causadas pelo vírus, a OMS anunciou, ontem, a criação de uma unidade global para responder ao aumento de infecções. A América do Sul é até o momento a região com maior número de casos relatados, particularmente o Brasil, com mais de 1,5 milhão de pacientes desde abril, e a Colômbia, com 22.000 casos.
Ontem foram relatados os três primeiros casos no Chile, de pacientes que teriam sido contaminados na Colômbia, Venezuela e no Brasil. As autoridades chilenas garantem que nao há risco de contágio para o resto da população. Já a Nicarágua registrou na terça-feira (2) as duas primeiras mulheres grávidas infectadas.
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