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Saúde

Caso de transmissão do zika por via sexual no Texas causa nova preocupação

O estado americano do Texas registrou o primeiro caso de zika transmitido por via sexual. Até agora, essa possibilidade era considerada pouco provável pelos cientistas. 

Mosquitos Aedes aegypti geneticamente modificados, produzidos pelo laboratório britânico Oxitec, em Campinas.
Mosquitos Aedes aegypti geneticamente modificados, produzidos pelo laboratório britânico Oxitec, em Campinas. REUTERS/Paulo Whitaker
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As autoridades sanitárias do condado de Dallas receberam a confirmação dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) que um paciente do Texas foi infectado pelo zika após uma relação sexual com uma pessoa que havia viajado recentemente à Venezuela.

Este caso traz novas preocupações sobre as formas de transmissão e propagação do zika. Na ampla maioria dos casos conhecidos da doença, o vírus foi transmitido pela picada do mosquito Aedes aegypti.

No mês passado, o CDC tinha registrado um caso de zika transmitido sexualmente e um outro caso do vírus presente no líquido seminal de um homem que acabou desaparecendo nos testes sanguíneos.

Ministros da Saúde do Mercosul se reúnem no Uruguai

Nesta quarta-feira (3), atendendo a um pedido da presidente Dilma Rousseff, os ministros da Saúde do Mercosul se reúnem em Montevidéu para discutir a epidemia de zika na região. O encontro, que também conta com a participação da diretora da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Carissa Etienne, vai analisar não só a propagação do zika, mas também a situação sanitária continental relacionada às outras doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, como a dengue e o chikungunya.

Na reunião extraordinária estarão os ministros da Saúde de Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela, como membros do Mercosul; a Bolívia, em processo de incorporação, além de Chile, Colômbia, Equador, Peru e Suriname, como países associados do bloco regional.

Além da presença da diretora da OPAS, está confirmada a participação de autoridades do Instituto Sul-Americano de Governo em Saúde (ISAGS), uma entidade vinculada à Unasul que busca coordenar políticas oficiais e melhorar a qualidade da gestão no setor.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que há uma relação "fortemente suspeita" entre o zika e o aumento excepcional na América Latina de casos de microcefalia, uma má-formação congênita em crianças que nascem com cabeça e cérebro anormalmente pequenos.

Depois de declarar na segunda-feira (1) "emergência sanitária internacional" devido às desordens neurológicas causadas pelo vírus, a OMS anunciou, ontem, a criação de uma unidade global para responder ao aumento de infecções. A América do Sul é até o momento a região com maior número de casos relatados, particularmente o Brasil, com mais de 1,5 milhão de pacientes desde abril, e a Colômbia, com 22.000 casos.

Ontem foram relatados os três primeiros casos no Chile, de pacientes que teriam sido contaminados na Colômbia, Venezuela e no Brasil. As autoridades chilenas garantem que nao há risco de contágio para o resto da população. Já a Nicarágua registrou na terça-feira (2) as duas primeiras mulheres grávidas infectadas.

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