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EUA/Eleição

Imigração divide pré-candidatos republicanos em novo debate nos EUA

O quarto debate entre os presidenciáveis republicanos nos EUA, o primeiro a incluir apenas os oito pré-candidatos mais bem posicionados nas pesquisas eleitorais, aconteceu na noite de terça-feira (10). As propostas para a economia e a imigração dominaram as intervenções. As pesquisas apontam o magnata Donald Trump e o neurocirurgião Ben Carson, único negro na disputa republicana, à frente nas pesquisas para a primária republicana. Mas o destaque da noite de ontem ficou para o jovem senador Marco Rubio, da Flórida.

Pré-candidatos republicanos discutem durante pausa no debate desta terça-feira (11), nos Estados Unidos.
Pré-candidatos republicanos discutem durante pausa no debate desta terça-feira (11), nos Estados Unidos. REUTERS/Jim Young
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Eduardo Graça, correspondente da RFI em Nova York

Com um formato mais engessado do que os anteriores, o debate ofereceu menos possibilidades de enfrentamento entre os candidatos. Marco Rubio está se tornando, de acordo com analistas políticos, o novo candidato de consenso dos caciques republicanos, favorito da cúpula do partido, superando o ex-governador da Flórida e seu mentor político, Jeb Bush. Rubio habilmente evitou entrar em uma das poucas casas de marimbondo da noite, a discussão em torno da política de imigração norte-americana.

Donald Trump, o líder nas pesquisas entre os candidatos de oposição a Barack Obama, voltou a defender a construção de um muro na fronteira do país com o México e a remoção dos cerca de 12 milhões de imigrantes não-documentados vivendo hoje nos EUA. Já Jeb Bush teve uma postura mais moderada, similar à de Rubio, propondo a implantação de um programa de anistia a estes trabalhadores, em sua maioria de origem latino-americana.

Rubio, que precisa do apoio da direita do partido, hostil a qualquer iniciativa pró-anistia, para vencer as primárias, não teve sua opinião sobre o tema cobrada nem por moderadores nem por adversários, e saiu como o grande vencedor da noite, deixando mais distante a possibilidade de um terceiro Bush voltar a ocupar a Casa Branca.

Hillary Clinton

Embora os mediadores tentassem incluir na conversa a líder de todas as pesquisas no flanco governista, a ex-secretária de Estado Hillary Clinton, e de até a senha oficial do wi-fi no Teatro Milwaukee, em Wisconsin, ser, “stopHillary” - “”pareHillary em inglês -  a mulher do ex-presidente Bill Clinton só apareceu de fato nas considerações finais, quando os candidatos foram perguntados porque seriam melhores presidentes do que a democrata, que, na definição dos mediadores, tem “mais experiência do que todos os oito republicanos juntos”.

Rubio, que com 44 anos é o mais jovem dos candidatos, respondeu primeiro e, depois de arrancar risos da plateia, deixou claro que uma de suas estratégias, se for mesmo disputar a sucessão de Obama com Clinton, será se apresentar como o “novo”, o “futuro”, contra o “mais do mesmo” e as “oligarquias de Washington”. Para tanto, ele terá de vencer primeiro um Bush antes de, muito provavelmente, enfrentar uma Clinton.
 

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