Furacão Patricia perde força ao entrar no México
O furacão Patricia, que entrou na costa mexicana do Pacífico na noite de sexta-feira (22), perdeu força na madrugada de sábado. Classificado pelos especialistas como sendo o mais poderoso fenômeno do tipo já registrado no mundo, o tufão arrancou árvores, arrastou carros e obrigou milhares de pessoas a deixarem suas casa, mas não fez vítimas até agora.
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Segundo o último informe do Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC na sigla em inglês), divulgado às 7h (de Brasília), o furacão Patricia deslocava-se rumo ao norte-nordeste do México a cerca de 33 km/h com "ventos máximos sustentados de quase 120 km/h com rajadas mais fortes", o que representa um tufão de categoria 1 na escala de Simpson Saffir. A previsão é de que o furacão continue perdendo força e transforme-se numa tempestade tropical ainda na manhã deste sábado, antes de se dissipar à noite, diz ainda o NHC.
A expectativa é que Patricia continue produzindo intensas chuvas sobre os estados mexicanos de Nayarit, Jalisco, Colima, Michoaca e Guerrero durante todo o sábado. Mesmo se perdeu força ao tocar o solo, o fenômeno ainda pode provocar inundações perigosas e deslizamentos de terra.
Antes de atingir o litoral – às 18h15 locais (21h15 de Brasília) de sexta-feira, com ventos de 270 km/h – o furacão havia registrado ventos sustentados de 325 km/h, tornando-se o maior registrado na história. A velocidade, que supera a alcançada pelo tufão Haiyan que devastou as Filipinas em novembro de 2013, havia ativado os alertas no México.
Presidente mexicano temia uma "ameaça de grande escala"
As autoridades evacuaram turistas e moradores das áreas costeiras ameaçadas antes da chegada do furacão, anunciado como potencialmente "catastrófico". O próprio presidente mexicano Enrique Peña Nieto declarou que seu país enfrentava "uma ameaça de grande escala”, alegando que Patricia era "o mais perigoso já registrado no mundo".
Na sexta-feira o governo mexicano declarou estado de emergência e ordenou a evacuação de pequenos povoados costeiros, o fechamento de vários portos, a suspensão das aulas nas áreas de risco. De acordo com o Fundo Nacional de Desastres do Interior, cerca de 400 mil pessoas vivem em áreas vulneráveis ao fenômeno.
As autoridades também efetuaram a retirada de turistas mexicanos e estrangeiros do balneário de Puerto Vallarta, que fica na trajetória do tufão. Estima-se que cerca de 21 mil mexicanos e 7 mil estrangeiros estavam na região turística, localizada no estado de Jalisco.
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