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EUA/Papa

Em Washington, Papa pede fim de crimes de pedofilia envolvendo Igreja Católica

O sumo pontífice foi recebido pelo presidente norte-americano na Casa Branca, onde defendeu os imigrantes em todo o mundo. Em sua primeira escala nos Estados Unidos, o papa Francisco também pediu que os escândalos de pedofilia que sacudiram a igreja no país não se repitam.

Papa foi recebido pelo presidente norte-americano Barack Obama na Casa Branca.
Papa foi recebido pelo presidente norte-americano Barack Obama na Casa Branca. REUTERS/Tony Gentile
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Em um giro pelo continente americano marcado por declarações fortes, o papa Francisco abordou nessa quarta-feira (23) os casos de abusos sexuais envolvendo os líderes religiosos nos Estados Unidos. "Eu sei o quanto os fez sofrer o ferimento dos últimos anos, e tenho acompanhado de perto seu generoso esforço para curar as vítimas (...) e para continuar a trabalhar para garantir que esses crimes não se repitam", disse o sumo pontífice durante uma sessão de oração com os prelados na catedral de St. Matthews, em Washington.

A declaração faz alusão à série de escândalos sexuais envolvendo os membros da Igreja Católica no país. Entre 1950 e 1980, cerca de 6.400 padres foram acusados de abusar de menores nos Estados Unidos. No entanto, vários líderes religiosos foram criticados por terem fechado os olhos e protegido os agressores.

Papa defende imigrantes

Embora tenha elogiado que "nenhuma instituição americana faz mais pelos imigrantes que suas comunidades cristãs", o pontífice argentino, primeiro do continente americano, insistiu no tema. "Agora existe esta grande onda de imigração latina em muitas de suas dioceses (...) Talvez não seja fácil para vocês ler sua alma; talvez sejam submetidos à prova por sua diversidade. Em todo caso, saibam que eles também têm recursos a compartilhar", disse Francisco. "Portanto, os acolham sem medo (...) Estou seguro de que, mais uma vez, esta gente enriquecerá seu país e sua Igreja", apontou o papa na cadetral de St. Matthews.

Ao ser recebido durante o dia na Casa Branca pelo presidente Barack Obama, também abordou o assunto, recordando que chegava aos Estados Unidos "como filho de uma família de imigrantes". “Alegra-me estar neste país, que foi construído em grande parte por tais famílias", disse o papa, em inglês, no início de seu discurso, ponto alto da agenda do sumo pontífice em Washington.

Multidão nos jardins da Casa Branca

Cerca de 11 mil convidados assistiram ao discurso de Barack Obama e do papa na sede da presidência. "O nosso jardim geralmente nunca está tão cheio", brincou o chefe da Casa Branca antes de tomar a palavra diante da plateia, cujos aplausos foram mais fortes quando os chefes de Estado levantaram a questão da imigração. Francisco pediu caridade pelas pessoas que atravessam o Mediterrâneo para chegar a Europa e pelos latino-americanos que cruzam ilegalmente a fronteira americana.

O tema migratório, que agita a campanha presidencial nos Estados Unidos, poderá estar novamente na agenda papal desta quinta-feira (24), quando Francisco fará um discurso no Congresso.

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