Acessar o conteúdo principal
Guatemala/Eleições

Desiludidos com a política, guatemaltecos votam para presidente

A Guatemala foi às urnas neste domingo (6) para eleger um novo presidente, depois de uma campanha turbulenta, repleta de denúncias de corrupção que provocaram a queda e a prisão do ex-presidente Otto Pérez. As urnas abriram às 7h no horário local (8h, em Brasília) em um clima de tranquilidade nos quase 2,7 mil colégios eleitorais distribuídos pelos 338 municípios do país centro-americano.

Eleitora vota em San Pedro Sacatepéquez, na periferia da Cidade da Guatemala
Eleitora vota em San Pedro Sacatepéquez, na periferia da Cidade da Guatemala REUTERS/Josue Decavele
Publicidade

Além do presidente, os 7,5 milhões de guatemaltecos registrados votam para vice-presidente, prefeito, deputados federais e 20 deputados para o Parlamento Centroamericano, em um pleito acirrado. A última pesquisa de intenção de votos, publicada na quinta-feira (3), apontava liderança do comediante conservador Jimmy Morales, que estava três pontos percentuais à frente do também conservador Manuel Baldizón (22,9%). A ex-primeira dama Sandra Torres, de centro-esquerda, aparece em terceiro lugar, com 18,4%.

Os outros 11 candidatos não têm chances de ir para o segundo turno, que quase certamente acontecerá, já que nenhum dos melhores colocados deve ultrapassar os 50% necessários para vencer as eleições já neste domingo. Os guatemaltecos devem voltar às urnas no dia 25 de outubro.

Desilusão

A campanha foi marcada pela desilusão com a classe política no país. Grande parte dos eleitores acha que a votação tem pouco poder de mudança e que era preciso reestruturar o sistema político. De acordo com o Instituto Centro Americano de Estudos Fiscais, metade do financiamento partidário da Guatemala depende da corrupção.

Na última terça-feira, o Congresso suspendeu a imunidade do ex-presidente Perez, acusado de fazer vista grossa a um imenso escândalo de corrupção fiscal. O general de 64 anos deixou o cargo no dia seguinte, sob a acusação de ter recebido US$ 800 mil de suborno para eliminar impostos de empresas suspeitas. No total, funcionários do governo podem ter recebido até US$ 3,8 milhões em subornos.

Apesar de o ex-presidente negar envolvimento no caso, ele foi indiciado formalmente na quinta-feira. Até a posse do novo chefe de Estado, em janeiro do ano que vem, o país é comandado por Alejandro Maldonado.
 

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe todas as notícias internacionais baixando o aplicativo da RFI

Compartilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual você tenta acessar não existe ou não está mais disponível.