EUA e cinco países europeus denunciam atos bárbaros do EI na Líbia
Estados Unidos, França, Alemanha, Itália, Espanha e Grã-Bretanha denunciaram em um comunicado conjunto os atos bárbaros cometidos pelo grupo Estado Islâmico (EI) na Líbia e convocaram os grupos rivais desse país a entrar em acordo sobre um governo de unidade nacional.
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Violentos combates explodiram na semana passada em Sirte, no norte do país, cujos habitantes pegaram em armas em uma tentativa de expulsar o EI, que controla a cidade desde junho.
Os combates deixaram dezenas de mortos, e os jihadistas executaram ao menos 34 pessoas. "Estamos profundamente preocupados com as informações de que estes combatentes bombardearam zonas densamente povoadas da cidade e cometeram atos de violência indiscriminada para aterrorizar o povo líbio", afirma o comunicado conjunto divulgado na noite de domingo pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos.
Necessidade urgente
A declaração faz um apelo às partes em conflito na Líbia a "se unirem aos esforços para combater a ameaça constituída por estes grupos terroristas transnacionais que exploram o caos na Líbia para conquistar seus próprios objetivos".
A situação em Sirte "mostra a necessidade urgente de que as partes na Líbia alcancem um acordo para a formação de um governo de unidade nacional que, em coordenação com a comunidade internacional, possa garantir a segurança diante dos grupos extremistas violentos que buscam desestabilizar o país", acrescenta o texto.
Afundada no caos desde a queda do regime de Muamar Kadhafi em 2011, a Líbia está dominada pelas milícias e tem dois parlamentos e dois governos que disputam o poder. As negociações estimuladas pela ONU há vários meses para alcançar um acordo com o objetivo de estabelecer um governo de unidade nacional fracassaram até agora.
Os seis países signatários do comunicado afirmaram ao mesmo tempo que "não há uma solução militar para o conflito na Líbia". O governo líbio com sede no leste do país, único reconhecido pela comunidade internacional, convocou os países árabes a ajudar na luta contra o grupo EI, exigindo bombardeios contra posições da organização jihadista na cidade de Sirte.
Os Estados da Liga Árabe avaliarão nesta terça-feira (18) em uma reunião extraordinária esse pedido do governo líbio.
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