Associação dos escoteiros dos EUA derruba norma que proibia líderes gays
A associação Escoteiros da América (BSA, na sigla em inglês) pôs fim oficialmente na segunda-feira (27) a uma norma que proibia gays como líderes de tropa. A entidade já aceita escoteiros gays desde 2013.
Publicado em: Modificado em:
O conselho administrativo aprovou por 79%, entre seus 80 membros, a resolução "que derroga a proibição nacional relativa aos dirigentes adultos e empregados abertamente homossexuais". Segundo um comunicado, a decisão tem efeito "imediato". A proibição de homossexuais como líderes já vinha sendo alvo de campanhas e manifestações.
Fundada em 1910, a BSA conta hoje com cerca de 2,5 milhões de membros e quase um milhão de supervisores voluntários. A resolução de permitir líderes gays já havia sido aprovada por unanimidade em 10 de julho passado pelo comitê executivo da associação, mas faltava a ratificação do conselho administrativo.
Organizações religiosas
Essa mudança "permite aos membros e pais dos escoteiros selecionar as tropas que tiverem as mesmas ideias, que conhecem melhor os interesses de suas famílias", declarou a BSA em sua página institucional na Internet. A decisão também "tem a intenção de respeitar o direito das organizações religiosas locais a continuar selecionando seus dirigentes adultos que respeitem suas crenças".
Isso significa que as organizações religiosas ligadas ao movimento escoteiro, que têm autonomia de gestão, podem decidir se continuam a aceitar gays. As organizações religiosas representam 70% das 100 mil seções de gestão autônoma.
Após a resolução do comitê executivo da organização, a igreja Mórmon, que dirige a maior quantidade de seções, informou que "se reserva o direito a recrutar em virtude dos princípios religiosos e morais das doutrinas e crenças".
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro