Obama chama Dalai Lama de "amigo" e o cumprimenta à distância
O presidente americano, Barack Obama, e o líder espiritual dos tibetanos, Dalai Lama, se viram na manhã desta quinta-feira (5), em Washington, durante um "café da manhã de oração". Embora estivessem no mesmo local, os dois se cumprimentaram "à distância". No seu discurso, Obama se referiu ao líder espiritual como "um amigo".
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Convidado a falar para uma plateia de três mil pessoas reunidas no tradicional evento religioso anual que acontece na capital americana, Barack Obama se referiu carinhosamente a Dalai Lama em seu discurso de boas-vindas.
"Eu quero acolher particularmente um bom amigo", declarou o democrata. Para Obama, o Dalai Lama "é um exemplo poderoso do que significa a compaixão, ele é uma fonte de inspiração que nos motiva a falar em favor da liberdade e da dignidade de todos os seres humanos". E completou: "Estamos felizes que ele esteja entre nós". Obama lembrou também já ter recebido várias vezes o líder espiritual dos tibetanos na Casa Branca, residência oficial da presidência americana.
Depois de ter sido anunciado, Dalai Lama juntou suas duas mãos e saudou o público na sala de conferências. Barack Obama, instalado em uma plataforma ao lado de sua esposa Michelle e de outros palestrantes, responderam com o mesmo gesto.
Sem "encontro específico"
O luga reservado ao Dalai Lama foi em uma mesa redonda na frente do palco, em companhia de Valerie Jarret, um conselheira próxima de Obama. Tradicionalmente, o presidente americano cumprimenta os líderes religiosos presentes no evento. Mas a Casa Branca teve o cuidado de evitar um "encontro específico" entre os dois Prêmios Nobel da Paz, embora não esteja excluído um "breve encontro".
Sem surpresa, a China, que faz questão de alertar para qualquer tipo de ingerência em "assuntos internos" do país, não demorou a reagir. "Nós somos contra todo tipo de encontro, entre um líder estrangeiro e o Dalai Lama", declarou Hong Lei, porta-voz do ministério chinês das Relações Exteriores. O diplomata disse que Washington deveria "agir sobre a questão como se deve, levando em consideração os interesses das relações bilaterais" entre a China e os Estados Unidos.
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