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Fundos/EUA

Ministro argentino denuncia complô financeiro contra Brasil e Argentina

O ministro da economia argentino, Axel Kicillof, disse neste domingo (4) que a Argentina e o Brasil estão sendo vítimas de ataques financeiros de fundos especulativos, uma manobra com "fins políticos". A declaração foi feita ao jornal Página 12, que publica entrevista com o ministro. O jornal é considerado próximo do governo de Cristina Kirchner.

O ministro da Economia argentino, Axel Kicillof.
O ministro da Economia argentino, Axel Kicillof. ©Reuters.
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"O ataque simultâneo contra a Argentina e o Brasil busca gerar um desastre financeiro na região", disse Kicillof. O ministro considerou que a suposta manobra "responde a uma estratégia generalizada que utiliza a questão financeira como campo de batalha contra determinados processos políticos".

A Argentina enfrenta uma batalha judicial nos Estados Unidos contra os fundos de hedge Aurelius e MNL, que ficaram conhecidos na imprensa como "fundos abutres". Um tribunal de Nova York condenou o governo argentino a pagar US$ 1,3 bilhão em títulos inadimplentes detidos pelos dois grupos, que se recusaram a renegociar as dívidas com a Argentina na época do calote, no início da década de 2000.

Segundo Kicillof, o fundo Aurelius "acaba de lançar uma ação contra a Petrobras acusando a petrolífera brasileira de distorcer informações contábeis". Na semana passada, o fundo americano enviou carta aos donos de títulos (bonds) emitidos pela Petrobras nos Estados Unidos pedindo que eles notifiquem a estatal de que ela falhou ao não publicar seu balanço financeiro referente ao terceiro trimestre de 2014. Aurelius dá 60 dias para a Petrobras publicar seu balanço, ou poderá ser declarada em calote técnico.

"Este paralelismo (entre a dívida da Argentina e a situação da Petrobras) não é gratuito, nem casual", afirma Kicillof. "É uma guerra sem armas, a partir do campo judicial, com objetivos políticos", disse o ministro. Ele condenou essa conduta de "pressão" e questiona, na entrevista, "se não é um bom exercício da máfia".

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