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Haiti/Política

Premiê do Haiti pede demissão para tirar país da crise política

O primeiro-ministro haitiano, Laurent Lemothe, anunciou neste domingo (14) sua demissão através de uma mensagem pelo Twitter do ministério da Comunicação. Sua renúncia era esperada diante da pressão crescente da oposição e da grave crise política que atinge o país. 

Opositores do presidente Michel Martelly manifestaram no sábado (13) para pedir a demissão do governo.
Opositores do presidente Michel Martelly manifestaram no sábado (13) para pedir a demissão do governo. AFP/Hector Retamal
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"Deixo minhas funções de primeiro-ministro com o sentimento do dever cumprido", declarou Lemothe durante uma entrevista para a televisão que foi mencionada na conta oficial do Twitter do ministério da Comunicação.

A renúncia do chefe de governo e de todo seu gabinete era esperada depois das declarações do presidente Michel Martelly, na sexta-feira, de que Lemothe estava "pronto" para deixar o cargo para tirar o país da crise.

O Haiti está mergulhado em uma profunda crise política e o governo não consegue organizar eleições legislativas, aguardadas há três anos.

De acordo com a correspondente da RFI em Porto Príncipe, Amélie Baron, a demissão de Lemothe, amigo de Martelly,  não será suficiente para acalmar os opositores mais radicais que protestam todas as semanas nas ruas da capital para exigir a queda do presidente. 

Manifestações com morte

No sábado, um homem morreu durante uma nova onda de manifestações em Porto Príncipe, reprimida com violência pela polícia. Confrontos foram registrados depois que um grupo de jovens tentou forçar a entrada do palácio presidencial.

A demissão do primeiro-ministro Lemothe fazia parte de uma lista de recomendações feitas por uma comissão consultativa criada para propor saídas para a crise política.

A comissão também sugeriu a formação de um governo de união nacional reunindo membros da oposição e a nomeação de uma nova comissão eleitoral para organizar futuras eleições legislativas e municipais. A libertação de prisioneiros políticos também faz parte da lista de recomendações.
 

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