Venezuela vive novos protestos populares contra Nicolás Maduro
Milhares de pessoas saíram às ruas em Caracas nesse domingo (2) em protesto contra a gestão do presidente venezuelano Nicolás Maduro. A mobilização, que começou há cerca de um mês, já provocou a prisão de centenas de manifestantes e a morte de pelo menos 18 pessoas em confrontos entre opositores e a polícia.
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Pelo menos quatro grandes passeatas tomaram as ruas da capital venezuelana neste domingo. Os manifestantes, que denunciam insegurança, impunidade, crise econômica e censura na mídia, caminharam rumo a praça Brion, no bairro de Chacaito, bastião da oposição no leste de Caracas.
Os manifestantes reivindicam um “diálogo sincero” com o presidente Nicolás Maduro para tentar colocar um ponto final nos protestos que começaram no dia 4 de fevereiro. Desde então, pelo menos 18 pessoas morreram durante os confrontos com as forças de ordem e outras 260 ficaram feridas.
O chefe de Estado lançou uma primeira tentativa de diálogo esta semana, mas os líderes do movimento e os principais opositores se recusaram a participar do que qualificaram de “farsa”. Os organizadores do protesto também exigem a libertação de Leopoldo Lopez, um dos chefes da oposição, preso no dia 18 de fevereiro acusado de incitação à violência.
Neste domingo as autoridades venezuelanas anunciaram que a fotógrafa italiana Francesca Commissari, que trabalha para o jornal local El Nacional, e 41 manifestantes presos nos últimos dois dias teriam sido libertados. Segundo a ONG Forum Penal, 863 pessoas foram presas desde o início dos protestos e pelo menos 30 delas ainda estariam detidas.
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