Argentina apoia decisão brasileira de adiar visita de Dilma aos EUA
Durante visita à Argentina do novo chanceler brasileiro, Luiz Alberto Figueiredo, o Brasil recebeu o apoio da região sul-americana à decisão da presidente Dilma Rousseff de adiar a sua visita de Estado a Washington depois das denúncias de espionagem dos Estados Unidos.
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Márcio Resende, correspondente da RFI em Buenos Aires
Na sua primeira visita bilateral desde que assumiu o cargo há três semanas, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Luiz Alberto Figueiredo, recebeu o apoio da Argentina contra a espionagem dos Estados Unidos. "Os argentinos apoiam as nossas preocupações que são também deles com relação a esse assunto", revelou o ministro após reunir-se com o chanceler argentino, Hector Timmerman, e antes da reunião com a presidente Cristina Kirchner.
O ministro Figueiredo revelou ainda que o seu colega argentino transmitiu o apoio de toda a região sul-americana à postura do Brasil de adiar a visita de Estado da presidente Dilma Rousseff a Washington. "O ministro Timmerman elogiou muito a postura adotada pelo governo brasileiro. O Brasil ao falar refletiu o sentimento de toda a região e que do ponto de vista dele, essa foi uma das mensagens mais importantes da região para o mundo nos últimos anos", disse.
O chanceler brasileiro Luis Alberto Figueiredo também recebeu mensagens de apoio dos países da região através dos embaixadores brasileiros pela América do Sul. O próximo apoio regional deve vir durante a abertura da Assembleia-Geral das Nações Unidas em Nova Iorque, na semana que vem.
No seu pronunciamento, a presidente Dilma Rousseff vai aproveitar a visibilidade internacional para defender o combate à espionagem entre governos e a necessidade de uma governança na Internet. E deve contar novamente com o apoio argentino, desta vez com pronunciamento da presidente Cristina Kirchner contra a espionagem dos Estados Unidos.
Numa declaração conjunta entre Brasil e Argentina, os chanceleres ressaltaram a necessidade de "coordenar ações diante das atividades de espionagem dos Estados Unidos na região" e de "avançarem juntos no desenvolvimento de ferramentas de Ciberdefesa para protegerem as suas comunicações e informações estratégicas."
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