Estados Unidos pedem que norte-americanos deixem o Egito
O presidente Barack Obama voltou a falar nesta quinta-feira (15) sobre o massacre no Egito, que deixou mais de 500 mortos nesta quarta-feira. Ele condenou novamente a violência, disse que os americanos não se posicionam a favor de nenhuma corrente política, e disse que cabe aos egípcios determinarem seu futuro. O chefe da Casa Branca também pediu que os cidadãos norte-americanos deixem o território egípcio.
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Segundo Barack Obama, o Egito adotou um caminho ‘perigoso’. O chefe da Casa Branca pediu ao governo egípcio que respeitasse "o direito de manifestar" da população, condenando as medidas que culminaram em um verdadeiro massacre nesta quarta-feira, quando partidários do presidente destituído Mohammed Mursi foram retirados à força de duas praças no Cairo. Washington também pediu que os cidadãos norte-americanos deixem o território egípcio por medida de segurança.
O chefe da Casa Branca também anunciou o cancelamento das próximas manobras militares com o país, ressaltando que Washington não defende nenhuma corrente política. Ele ainda pediu o fim do estado de emergência decretado por um mês em 11 províncias, e fez um apelo para que haja o início de um processo de reconciliação nacional. "Cabe aos egípcios determinarem seu futuro", disse.
A comunidade internacional condenou em bloco a violência utilizada pelo governo interino egípcio para esvaziar as duas praças tomadas pelos manifestantes pro-Mursi. Além dos Estados Unidos,União Europeia, a França, Reino Unido, Alemanha, Italia, Turquia, Catar e outros países se manifestaram contra a ação policial. Navi Pillay, Alta Comissária da ONU para os direitos humanos, também pediu nesta quinta-feira a abertura de uma investigação.
Reunião de urgência
A pedido da França, Reino Unido, Austrália e Turquia, os 15 membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas começaram na tarde dessa quinta-feira uma reunião de urgência em Nova York para discutir a crise egípcia. Os participantes devem tentar chegar a uma postura comum para a abordagem da escalada de violência no Egito. Nenhuma declaração oficial está prevista após o encontro.
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