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EUA/Imigração

Senado americano aprova reforma histórica da imigração

O Senado norte-americano aprovou nessa quinta-feira, 27 de junho, a esperada reforma da imigração no país. O texto, que ainda tem que ser validado pela Câmara dos Deputados, vai facilitar a regularização de 11 milhões de pessoas que vivem em situação ilegal nos Estados Unidos. O projeto também prevê o aumento do dispositivo de segurança na fronteira com o México.

Ativistas lutavam há anos pela reforma da imigração nos Estados Unidos.
Ativistas lutavam há anos pela reforma da imigração nos Estados Unidos. REUTERS/Jonathan Ernst
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Mesmo se a reforma ainda tenha que passar pelo crivo da Câmara dos Deputados, já é vista como um fato histórico nos Estados Unidos, pois nunca os imigrantes ilegais estiveram tão perto de obter seus documentos. O projeto de reforma prevê facilitar a vida das mais 11 milhões de pessoas, entre elas 7 milhões de mexicanos, que vivem clandestinamente no país.

Todos os que chegaram no território norte-americano antes de 31 de dezembro de 2011 e que provarem não ter cometido nenhum crime e estar em dia com os impostos receberão um documento provisório. Os candidatos a regularização também devem ser independentes financeiramente, pois eles não terão acesso a nenhum programa de ajuda social americano.

O pedido de um documento permanante de estadia (green card) poderá ser feito após um período transitório de 10 anos e a naturalização poderá ser solicitada três anos depois. O processo pode ser mais rápido para aqueles que chegaram nos Estados Unidos com menos de 16 anos de idade.

O projeto é fruto de anos de negociações e as partes só chegaram a um acordo após a garantia de que a segurança na fronteira do México com os Estados Unidos seria reforçada. O texto prevê o envio de 20 mil agentes suplementares aos 3.200 km que separam os dois países. Eles devem ajudar os 18 mil homens que já controlam a travessia na região. Além de toda a zona terrestre, que será praticamente cercada, barreiras serão construídas em uma parte do Rio Grande.

A reforma deve custar 46 bilhões de dólares durante os seus primeiros 10 anos de aplicação. A previsão é de que o valor seja coberto pelo aumento das receitas fiscais acarretadas pelas regularizações dos ilegais.

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