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EUA/Guantanamo

Obama promete fazer o possível para fechar prisão de Guantánamo

O presidente norte-americano reafirmou seu desejo de fechar a prisão de Guantánamo apesar da oposição do Congresso. Barack Obama relançou o debate, que fez parte de suas promessas de campanha, durante uma entrevista coletiva concedida à imprensa em Washington nessa terça-feira, 30 de abril. O presídio, que ganhou fama internacional pela detenção de terroristas, enfrenta nesse momento uma importante greve de fome que já dura 12 semanas e atinge cerca de 100 prisioneiros.

O presidente americano Barack Obama durante coletiva de imprensa desta terça-feira na Casa Branca, em Washington.
O presidente americano Barack Obama durante coletiva de imprensa desta terça-feira na Casa Branca, em Washington. REUTERS/Larry Downing
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Tem aumentado a pressão para que o presidente norte-americano cumpra sua promessa de campanha e decrete o fechamento definitivo da prisão de Guantánamo, onde 166 pessoas estão detidas atualmente. A situação ficou ainda mais tensa desde que cerca de 100 prisioneiros decidiram entrar em greve de fome. A mobilização dos detentos já entrou em sua 12ª semana e as autoridades decidiram alimentar 20 presos a força por meio de sondas.

“Não quero que essas pessoas morram. O Pentágono tenta fazer o melhor que pode mas todos nós devemos pensar nas razões pelas quais estamos fazendo isso”, lançou Barack Obama durante a entrevista coletiva. “É importante entender que Guantámano não é necessária para a segurança da América. Ela custa caro e é ineficaz”, martelou o chefe da Casa Branca.

A prisão militar instalada em uma base norte-americana em Cuba detém desde 2002 os chamados “inimigos combatentes” da guerra contra o terrorismo lançada por George W. Bush. Desde que assumiu o poder pela primeira vez em 2009 Obama ordenou o fechamento do presídio, mais teve seu projeto vetado pelo Congresso. “A ideia de manter preso para sempre um grupo de pessoas que não foram julgadas é contrária ao que nós somos, contrária a nossos interesses e isso deve cessar”, enfatizou o chefe de Estado, que prometeu discutir novamente sobre o assunto com o Congresso.

As declarações foram saudadas pelas organizações de defesa dos Direitos Humanos. “O presidente Obama tem razão. Guantánamo não torna o país mais seguro e constitui um problema que vai continuar apodrecendo se não fizermos nada”, disse, por meio de um comunicado, Daphne Eviatar, da ONG Human Rights First.

Síria e "coming-out"

A entrevista coletiva também foi marcada por declarações sobre a Síria e a ameaça de uso de armas químicas pelas forças do regime. Apesar das informações divulgadas até agora, que confirmariam a suspeita, Obama preferiu manter um tom prudente e prometeu apenas reavaliar operações americanas no território sírio se o uso desse tipo de armas pelo regime de Damasco for provado.

O chefe da Casa Branca também aproveitou a ocasião para parabenizar novamente o jogador de basquete Jason Collins, que assumiu sua homossexualidade na véspera. “Eu falei com ele ontem e lhe disse que só poderia estar orgulhoso”, declarou Obama. Collins, que faz parte da NBA, é o primeiro atleta masculino atuante em qualquer uma das quatro principais ligas esportivas masculinas profissionais americanas a se assumir publicamente como gay.

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