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EUA/Política

Após eleição, Congresso americano tenta evitar "abismo fiscal"

O Congresso americano retoma nesta terça-feira suas sessões depois do recesso da eleição - e os próximos 49 dias prometem ser intensos no Capitólio. A grande missão antes da chegada dos novos parlamentares no dia 6 de janeiro vai ser evitar o chamado abismo fiscal - que são cortes de gastos do governo e fim de isenções fiscais. Economistas alertam para uma nova recessão e o Escritório de Orçamento do Congresso já concluiu que a taxa de desemprego pode voltar a subir para 9%.

O Congresso dos Estados Unidos volta a se reunir nesta terça-feira (13) com a finalidade de chegar a um acordo que evite o chamado abismo fiscal.
O Congresso dos Estados Unidos volta a se reunir nesta terça-feira (13) com a finalidade de chegar a um acordo que evite o chamado abismo fiscal. REUTERS/Larry Downing
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Raquel Krähenbühl, correspondente da RFI em Washington

Sem um acordo no Congresso, mais de US$600 bilhões em aumento de impostos e cortes de gastos públicos - divididos igualmente entre gastos militares e domésticos – vai entrar em vigor a partir de janeiro.

Os aumentos de impostos viriam com o vencimento de insenções implementadas no governo do presidente George W. Bush e os cortes de gastos automáticos foram incluídos na legislação no ano passado para tentar forçar republicanos e democratas a chegar a um acordo sobre o orçamento.

Nesta sexta-feira líderes do partido Republicano e Democrata na Câmara e no Senado vão se encontrar com o presidente Barack Obama na Casa Branca para iniciar as negociações. Obama, mais experiente depois do impasse do ano passado, pretende conversar também com líderes trabalhistas e empresários nesta semana.

Desta vez o tom em Washington parece ser mais conciliador. Tanto Obama quanto o presidente da Câmara dos Deputados, o republicano John Boehner, expressaram uma abertura ao diálogo e disseram que estão comprometidos a encontrar uma solução equilibrada.

No entanto eles reiteram suas posições. Obama quer deixar vencer o corte de impostos da era Bush para os americanos que ganham mais de US$250 mil no ano – e usa o argumento de que a eleição é a prova de que a maioria dos americanos concorda que os mais ricos precisam pagar mais impostos.

A oposição não aceita elevar os impostos e quer cortar gastos em programas sociais para reduzir o déficit. Parlamentares dos dois partidos, incluindo o presidente da Comissão de Orçamento do Senado, o democrata Kent Conrad, dizem que será possível chegar a um consenso, mas acreditam que os detalhes do acordo deverão ficar para o próximo ano. Uma novela que já foi vista antes e causou um desgaste na reputação do Congresso, cuja taxa de aprovação é hoje uma das mais baixas da história.

Além desse entrave, os parlamentares têm cerca de 30 outras peças pendentes na volta aos trabalhos. Entre outras medidas, eles vão avaliar dotações suplementares para cobrir a Agência Federal de Gerenciamento de Emergência em resposta à tempestade Sandy, a questão dos subsídios agrícolas e da segurança cibernética.

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