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EUA/ transgênicos

Califórnia pode ser primeiro estado americano a "denunciar" transgênicos

Hoje não é apenas a data das eleições presidenciais nos Estados Unidos, mas também o momento para os eleitores se pronunciarem sobre diversos projetos estaduais. Uma delas, a proposição 37, na Califórnia, quer obrigar os alimentos produzidos com o uso transgênicos a terem uma etiqueta alertando os consumidores.  

Arroz tem etiqueta ressaltando que não possui transgênicos.
Arroz tem etiqueta ressaltando que não possui transgênicos. pewstates.org
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Nas últimas semanas, o projeto foi alvo de uma intensa batalha entre ecologistas e lobistas do setor. O tema divide os californianos e hoje 18 milhões de eleitores vão se pronunciar nas urnas a respeito desta proposta e de outras 10.

O projeto de lei deseja impor uma etiqueta a todos os produtos comestíveis que contenham ingredientes geneticamente modificados e proibir que eles sejam comercializados sob o nome de “naturais”. O problema é que cerca de 90% do milho e da soja americanos, presentes sob as mais diversas formas no mercado, possuem genes alterados – a maioria feita para poderem suportar herbicidas poderosos.

A Califórnia poderá ser o primeiro Estado americano a impor uma medida como esta, que também incluiria os produtos fabricados no exterior. As consequências econômicas seriam tão agangentes que empresas conhecidas, como a Monsanto, a PepsiCo, a Coca Cola e a Kraft se uniram para financiar uma milionária campanha para dissuadir os habitantes de aprovar a proposta.

A campanha de 45 milhões de dólares resultou em dezenas de spots publicitários diários pedindo “Não à 37”, nas rádios e televisões. Já a propaganda do “sim” dispõe de pouco mais de 8,5 milhões.

Foi essa avalanche midiática que fez com que os defensores dos transgênicos conseguissem reverter a situação negativa que se anunciava no plebiscito. No início de outubro, a medida contava com o apoio de 66% dos eleitores, mas este número caiu para 48% na semana passada, logo após o bombardeio de propaganda do “não”. O principal apelo é que a lei resultaria no aumento d os preços dos alimentos.
 

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